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Inauguração da primeira faculdade privada de Medicina marca "tempo novo"

A reitora da Universidade Católica Portuguesa sublinhou hoje que a inauguração da nova Faculdade de Medicina, a primeira privada nesta área, marca "um tempo novo", reafirmando a vontade de contribuir para a inovação da formação médica em Portugal.

Inauguração da primeira faculdade privada de Medicina marca "tempo novo"
Notícias ao Minuto

16:44 - 14/09/21 por Lusa

País Universidade Católica Portuguesa

"Para tudo há um tempo. Há um tempo para imaginar, para propor, planear, discutir e, finalmente, há um tempo para fazer. Hoje inicia-se um tempo novo", disse Isabel Capeloa Gil durante a cerimónia de inauguração da nova faculdade.

A estreia dos primeiros 50 alunos de Medicina da Católica foi na segunda-feira, mas a nova faculdade foi oficialmente inaugurada hoje, numa cerimónia em que estiveram presentes figuras como o primeiro-ministro, António Costa, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e o cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.

A reitora da Universidade Católica Portuguesa (UCP) recordou o longo caminho percorrido até aqui, relembrando o lançamento do primeiro projeto de Medicina há cerca de 30 anos, mas olhou sobretudo para o futuro.

Reafirmando a intenção de contribuir para o desenvolvimento e inovação da formação médica em Portugal, Isabel Capeloa Gil sublinhou que o novo curso é mais do que a continuidade daquilo que tem vindo a ser feito em Portugal.

"Iniciar um novo projeto universitário de Medicina em 2021 não significa olhar meramente para o passado, completar a matriz do que constitui o saber estruturante do desenvolvimento das universidades, mas antecipar, preparar e motivar para um futuro melhor", afirmou.

A responsável assegurou que, de olhos postos nesse futuro, o novo curso vai posicionar-se "num espaço de fronteira em que se colocam as mais interessantes e desafiantes questões para o conhecimento científico".

"A Universidade Católica deve estar onde se debate o futuro da ciência, onde se redefinem os limites do conhecimento e vai fazê-lo com o sentido de procura, curiosidade e responsabilidade que sempre marcou a sua ação", acrescentou, afirmando ainda que a instituição quer "caminhar onde outros ainda não pisaram".

A Universidade Católica é a primeira instituição de ensino superior privada a ministrar um curso de Medicina, que foi aprovado pela Agência de Avaliação e Acreditação Do Ensino Superior (A3ES) no ano passado, quase três anos depois do pedido inicial em outubro de 2018.

Com apenas 50 vagas para o primeiro ano letivo e mais de 600 alunos que manifestaram interesse em candidatar-se, o processo de seleção incluiu entrevistas, com o objetivo de avaliar a vocação dos jovens.

"No século XXI, a formação de um médico não se esgota na Medicina", justificou Isabel Capeloa Gil durante a cerimónia de inauguração, explicando que a nova oferta pretende também diferenciar-se por apostar em todas as competências que fazem um bom médico.

"Com este novo curso estamos a contribuir para a formação de novos profissionais altamente qualificados, essenciais para o desempenho de funções de elevada complexidade, determinantes para que o país tenha futuro", insistiu.

Mensagem semelhante foi transmitida pelo diretor da Faculdade, António Medina de Almeida, que elegeu como grandes protagonistas os próprios alunos.

"Do nosso lado, garanto que tudo faremos para que estejam preparados para a vossa vocação de cuidadores, mas também de investigadores e de promotores de saúde pública. Sobretudo, o nosso maior desejo é incutir nos nossos alunos a grande paixão que nós próprios temos pela medicina", disse.

Isabel Capeloa Gil deixou também uma mensagem dirigida às vozes críticas que se opuseram à formação privada em Medicina, afirmando que "é preciso agir agora, superando o narcisismo das pequenas diferenças que descuram o interesse comum", isto é, a aposta na formação médica e na sua inovação.

"Há um tempo para imaginar, para planear, para discutir. Há um tempo para combater e há um tempo para realizar. Hoje é tempo de deixar o combate e trabalhar em conjunto para o futuro de Portugal", concluiu.

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