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Afeganistão. "Exigiu coragem" e "Portugal sai de cabeça erguida"

O ministro da Defesa e o Presidente da República deixaram largos elogios aos quatro militares portugueses destacados para o aeroporto de Cabul, que chegaram esta noite de sexta-feira a Portugal depois de três dias de missão.

Afeganistão. "Exigiu coragem" e "Portugal sai de cabeça erguida"
Notícias ao Minuto

22:02 - 27/08/21 por Anabela Sousa Dantas com Lusa

País Figo Maduro

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, marcaram presença na Base Aérea de Figo Maduro, no aeroporto de Lisboa, esta sexta-feira à noite, para receber os quatro militares portugueses e os primeiros afegãos a chegar a Portugal. Os dois governantes fizeram intervenções juntos dos jornalistas, elogiando o trabalho dos militares, que terminam hoje a missão, 72 horas depois de terem partido para o Afeganistão.

"Exigiu coragem, determinação, imaginação e criatividade na procura de soluções em situações inusitadas", disse o ministro da Defesa, sublinhando que "todas estas qualidades foram postas à prova".

João Gomes Cravinho destacou, também, a dívida de gratidão que o país desenvolveu com os cidadãos afegãos. "Ao longo de quase 20 anos, Portugal desenvolveu dívidas de gratidão em relação a afegãos que trabalharam, em muitos casos sob o risco da sua própria vida, para as nossas Forças Nacionais Destacadas (FND), que apoiaram as nossas FND", disse, explicando que o ato de os trazer para o país "é honrar essa dívida de gratidão".

O ministro da Defesa Nacional defendeu ainda que os quatro militares portugueses criaram as "condições" para que os cidadãos afegãos que trabalharam com as FND portuguesas "pudessem começar uma vida nova em Portugal".

Já Marcelo Rebelo de Sousa disse que "Portugal sai de cabeça erguida daquilo que era o cumprimento de um princípio moral" no Afeganistão, recordando o historial militar português no país.

"Em 20 anos, foram muitos os militares portugueses que passaram pelo Afeganistão, cumprindo com os nossos aliados as obrigações militares", disse, lembrando, inclusive, a morte de "dois dos nossos compatriotas." "Recordo todos aqueles que por lá passaram e prestigiaram o nome de Portugal", acrescentou.

O chefe de Estado indicou que, numa visita a Cabul, em 2019, pôde constatar "como era reconhecido o papel militar, ético e humano dos portugueses". "Recordo os afegãos que trabalhavam em conjunto com os portugueses naquele momento", disse.

"Quem esteve connosco sempre, em situações difíceis, merecia que nós estivéssemos com eles e elas na situação mais difícil da sua vida, que é a situação de assistir ao drama a que se assiste com o povo afegão", terminou o chefe de Estado.

"Isto são as Forças Armadas portuguesas, isto é Portugal", salientou.

Os 24 cidadãos afegãos que trabalharam com as Forças Nacionais Destacadas portuguesas para o Afeganistão, assim como os seus familiares, chegaram hoje, por volta das 21:15, ao aeroporto de Lisboa, no âmbito da missão de resgate que foi levada a cabo por quatro militares portugueses que estiveram em Cabul.

No total, segundo o ministro da Defesa, terão sido retirados 58 cidadãos afegãos que deverão chegar a Portugal entre hoje, sábado e domingo.

Os quatro militares portugueses encontravam-se em Cabul desde quarta-feira de madrugada, tendo como missão apoiar a retirada de cidadãos afegãos do país.

Leia Também: Militares portugueses e 24 afegãos já chegaram a Portugal

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