No dia em que termina a data limite para os ministérios enviarem à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) a lista de edifícios com amianto, a RTP dá conta do caso de uma funcionária a quem foi detetado um cancro diretamente relacionado com a exposição àquela substância.
A funcionária em questão trabalha há 16 anos na Biblioteca Nacional, em Lisboa, e sofre de uma doença rara que lhe foi diagnosticada no ano passado.
À RTP, a diretora da Biblioteca Nacional, Inês Cordeiro, garantiu que “a instituição não tem conhecimento nem comunicação nenhuma, quer de parte de funcionários ou de entidades médicas”.
O amianto foi, ao longo dos anos 90, um material muito usado na construção de edifícios públicos, nomeadamente em telhados, canalizações e tubagens. Mas os riscos que as fibras deste material trazem para a saúde só agora foram diagnosticados.
“Acredito que dentro de dois meses teremos um despiste da existência de materiais com amianto em edifícios públicos. Um levantamento como deve ser leva anos a ser feito”, explicou Carmen Lima, da Quercus.