Empresário da região centro detido por suspeita de burla qualificada
Um empresário da região centro é suspeito de ter aproveitado a proximidade das eleições autárquicas para cometer crimes de burla qualificada, que poderão ter ultrapassado "a centena de milhares de euros", anunciou hoje a Polícia Judiciária (PJ).
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País Polícia Judiciária
Coimbra, 21 ago 2021 (Lusa) - Um empresário da região centro é suspeito de ter aproveitado a proximidade das eleições autárquicas para cometer crimes de burla qualificada, que poderão ter ultrapassado "a centena de milhares de euros", anunciou hoje a Polícia Judiciária (PJ).
Em comunicado, a PJ explica que, "aproveitando a proximidade das eleições autárquicas, assim como o previsível lançamento de programas para a recuperação económica, o suspeito terá estabelecido contactos ao nível empresarial, autointitulando-se titular de cargo político com capacidade de decisão em matéria de contratação pública".
O empresário de 56 anos pedia, "como meio de assegurar o favorecimento das empresas em obras a lançar ou na execução dos programas, verbas supostamente para o financiamento de campanhas eleitorais", acrescenta.
Segundo a PJ, o suspeito "rodeava-se das maiores cautelas no recebimento das importâncias, privilegiando a sua recolha junto da receção de unidades hoteleiras, por empresas de transporte urgente".
A PJ, através do Departamento de Investigação Criminal de Aveiro e no seguimento de diligências de investigação, acabou por o deter "na sequência de um recebimento de dez mil euros".
"Estima-se que o valor global recebido através deste estratagema ultrapasse a centena de milhares de euros, proveniente de várias empresas", acrescenta.
A PJ refere que o arguido estava insolvente e já se encontrava referenciado por crimes de natureza patrimonial, aguardando julgamento num dos processos.
Depois de ter sido presente às autoridades judiciárias da comarca de Aveiro para primeiro interrogatório judicial, o arguido ficou obrigado a apresentar-se diariamente num órgão de polícia criminal local, proibido de se ausentar do concelho de residência e de qualquer contacto com os envolvidos no processo.
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