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Português vence recurso na Suíça. Violação “durou apenas 11 minutos”

Declarações de juíza responsável pelo recurso estão a gerar polémica. Para a magistrada, a vítima deu "sinais" aos agressores.

Português vence recurso na Suíça. Violação “durou apenas 11 minutos”
Notícias ao Minuto

14:06 - 10/08/21 por Notícias ao Minuto

País Violação

Em fevereiro de 2020, uma mulher de 33 anos foi violada por dois portugueses, um dos quais menor, no seu apartamento localizado na cidade de Basileia, na Suíça, depois de os ter conhecido num bar.

Apesar de a violação ter sido dada como provada em primeira instância, o português de 33 anos recorreu da sentença, na qual tinha sido condenado a quatro anos e três meses de prisão e proibido de entrar na Suíça nos próximos oito anos.

Um ano depois, no início deste mês chegou o veredicto. A juíza Liselotte Henz decidiu reduzir a pena do arguido de 51 para 36 meses, metade dos quais a serem cumpridos em liberdade condicional e reduzir a proibição de entrar na Suíça de oito para seis anos.

E porquê? Porque, de acordo com a magistrada, a culpa da violação é do abusador, mas também da vítima que, segundo revelou o 20 Minuten, Liselotte Henz considera ter “brincado com o fogo” e ter mandado “sinais” de que estava disponível para uma aventura ao dirigir-se com outro homem para a casa de banho do bar.

Além disso, para a juíza, os abusos duraram “apenas 11 minutos” e deles não resultaram “lesões físicas permanentes”.

O advogado da vítima já admitiu estar chocado com o veredicto e aguarda agora que a decisão seja publicada antes de decidir se vai recorrer.

Nas redes sociais foram muitos os que condenaram a redução da pena e as palavras da juíza. Até políticos, da Esquerda à Direita, já se manifestaram contra a decisão de Liselotte Henz.

No passado domingo, houve mesmo um protesto que juntou cerca de 500 pessoas em frente ao tribunal de Basel, onde o veredicto foi lido. Os manifestantes envergaram cartazes enfatizando a necessidade de consentimento para haver relações sexuais e gritaram: “11 minutos é 11 minutos demais, não existe abuso curto”.

O outro português que participou nos abusos tinha 17 anos quando cometeu o crime. Por ser menor à data dos factos, encontra-se detido num centro de acolhimento de jovens. O julgamento acontecerá em breve, no Tribunal de Menores.

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