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DGS recomenda a vacinação de todos os adolescentes com mais de 12 anos

Vacinação desta faixa etária deixa de estar circunscrita a situações específicas, como doenças de risco.

DGS recomenda a vacinação de todos os adolescentes com mais de 12 anos
Notícias ao Minuto

12:12 - 10/08/21 por Tomásia Sousa

País Covid-19

A Direção-Geral da Saúde recomendou hoje a vacinação universal das crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos, deixando assim de ficar circunscrita a situações específicas, como os casos em que têm doenças de risco.

"A DGS recomenda a vacinação de todos os adolescentes dos 12 aos 15 anos de idade", indicou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Deixa, assim, de ser necessária indicação médica para esta faixa etária, como até aqui acontecia, mas a prioridade mantém-se para aqueles que têm comorbilidades.

São, ao todo, 400 mil jovens que estarão elegíveis para serem inoculados.

A responsável espera que o processo possa ocorrer antes do início do ano letivo, mas remete a organização logística para a Task Force responsável pelo plano de vacinação.

"Se for possível antes do ano letivo, será. Se for uns dias depois, o impacto não será significativo", declarou.

A recomendação sobre a vacinação universal dos jovens surge depois de, no final de julho, a DGS ter determinado que só deveriam ser vacinados os jovens entre os 12 e os 15 anos que tivessem comorbilidades associadas ou por indicação médica.

Graça Freitas explicou que foram analisados "novos dados disponibilizados nos últimos dias", em concreto os impactos registados nos "mais de 15 milhões adolescentes vacinados nos Estados Unidos e na União Europeia" que revelaram ser "extremamente raros" os casos de miocardites e pericardites.

"Foi a sequência e a continuidade destes acontecimentos que levou a que no dia 30 nós tivéssemos um parecer e hoje tivéssemos outro", justificou Graça Freitas. "Preferimos aguardar uns dias, que surgissem mais dados."

Questionada sobre as pressões e opiniões sobre o assunto que têm surgido nos últimos dias, Graça Freitas afirmou que a DGS não esteve "surda nem cega" ao que foi dito, mas salientou que esta decisão tinha de basear-se num parecer técnico.

"A DGS obviamente ouve as opiniões, ouve o que se passa, não está alheada das circunstâncias, mas centra-se nos dados que tem de forma objetiva", referiu. "Obviamente, não estivemos surdos nem cegos a tudo o que foi sendo dito, mas a decisão foi baseada num parecer da Comissão Técnica de Vacinação sobre o qual a Direção-Geral de Saúde não tem a mínima intervenção."

Quanto às "variadíssimas opiniões" que têm acontecido sobre a pandemia, Graça Freitas afirmou que "a diversidade de opiniões é um bem em si": "Estamos numa democracia. As pessoas que têm informação privilegiada ou que têm a sua opinião podem e devem dá-la".

"A DGS e a comissão técnica continuam a acompanhar a evolução do conhecimento científico da situação epidemiológica, podendo atualizar as suas recomendações a qualquer momento", acrescentou.

Já Luís Graça, membro da Comissão Técnica de Vacinação Covid-19 e presente na conferência de imprensa, lembrou que nesta faixa etária os efeitos da doença são pouco graves e por isso a vacinação dos jovens tem como objetivo "reduzir a transmissão do vírus" e garantir o bem-estar deste grupo etário.

Luís Graça explicou que para este grupo etário que não tem outras doenças o "maior benefício que recebe [ao ser vacinado] é do seu bem-estar de saúde mental, social e educacional".

A Direção-geral da Saúde esclareceu também que os jovens dos 12 aos 15 anos devem ser acompanhados pelo seu tutor legal no momento da vacinação e que esta faixa etária será inoculada com vacinas de duas doses, tal como aconteceu nos 15 milhões de casos estudados.

"Até que se produza outro tipo de evidência, a indicação é de duas doses", referiu Graça Freitas.

Reveja aqui a conferência de imprensa em direto:

[Notícia atualizada às 17h09]

Leia Também: AO MINUTO: Vacina dos 12 aos 15 anos? DGS fala hoje. Delta prevalece cá

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