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"Corrupto português é o inverso do Pai Natal"

O humorista e colunista da revista Visão, Ricardo Araújo Pereira, faz esta quinta-feira uma analogia e, respetiva, distinção entre “o corrupto português”, referindo-se ao caso dos submarinos, e “o Pai Natal”, explicando que apesar de ambos serem “uma entidade imaginária”, o primeiro, em vez de oferecer, recebe presentes que transporta num “saco azul”. Além disso, concretiza, apesar de haver “quem acredite que existe, ninguém tem provas”.

"Corrupto português é o inverso do Pai Natal"
Notícias ao Minuto

14:08 - 27/02/14 por Ana Lemos

País Ricardo Araújo Pereira

‘Corrupção não entra aqui’ é o título do artigo que, esta sexta-feira, Ricardo Araújo Pereira assina na revista Visão e no qual aborda, da forma irónica que o caracteriza, a história de “uma empresa alemã que vendeu dois submarinos a Portugal”.

A este propósito, o humorista afirma que “na Alemanha, houve um julgamento” no âmbito do caso submarinos “no qual certos intervenientes no processo foram condenados pelo crime de corrupção”. Também em Portugal “houve um julgamento”, mas “no qual certos intervenientes (…) foram ilibados do crime de corrupção”, ficando “Portugal atrás da própria Grécia, que também comprou submarinos alemães”.

“Só em Portugal as pessoas não têm a decência de participar na dança da corrupção quando são convidadas para isso”, ironiza Araújo Pereira, explicando que não se trata de “uma questão de má vontade, mas de feitio”.

Ingénuos foram, na sua opinião, “os administradores da empresa [alemã] que corrompeu o ministro grego” ao “confessarem, no tribunal alemão, terem corrompido [também] responsáveis políticos portugueses”. “Terão pensado que bastava corromper um português para que se pudesse falar em corrupção” mas “desconhecem a fibra de que são feitos os lusitanos, cujo material genético é à prova de falcatruas”.

“A História demonstra que não há um único corrupto em Portugal. A corrupção, no nosso país, é como o Pai Natal: só os ingénuos acreditam na sua existência”. Para Ricardo Araújo Pereira, “o corrupto português é o inverso do Pai Natal” por tratar-se de “uma entidade [que apesar de também] imaginária, em lugar de oferecer presentes, recebe-os”, “em vez de um saco vermelho, dizem que transporta um saco azul. Há quem acredite que existe, mas ninguém tem provas. É uma questão de fé pueril”, conclui.

Pelo que, aconselha o humorista, “os tribunais continuarão a perder tempo e dinheiro a julgar portugueses suspeitos de corrupção” mas, entenda-se, “é mais do que evidente que não existe nenhum” corrupto ‘aqui’, em Portugal.

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