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Desconfinamento nos Açores "mais avançado" do que no resto do país

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, garantiu hoje que o plano de desconfinamento no âmbito da pandemia da covid-19 está "mais avançado" nesta região autónoma do que nos resto do país.

Desconfinamento nos Açores "mais avançado" do que no resto do país
Notícias ao Minuto

17:25 - 30/07/21 por Lusa

País Covid-19

"Sem dúvida. Sempre esteve mais avançado, porque chegámos a ter momentos com várias ilhas em 'covid-free' (sem infeções por SARS-CoV-2, que provoca a covid-19) e tínhamos uma perfeita normalidade nestas ilhas e municípios, que tinham baixo risco e que estiveram sempre fora de qualquer confinamento", explicou o chefe do executivo, em declarações aos jornalistas, no final de uma visita à Escola do Mar dos Açores, na cidade da Horta.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quinta-feira o Plano de Desconfinamento que será aplicado ao território nacional, permitindo reabrir, gradualmente até outubro, muitas das atividades que estiveram impedidas de se realizar nos últimos meses devido ao alto risco de infeção pelo novo coronavírus.

O presidente do Governo dos Açores diz que a região está "solidária" com o resto do país, em matéria de desconfinamento, mas adianta que o arquipélago vai manter o seu "ritmo próprio", face à existência de um cenário diferente do que existe em Portugal continental.

"Solidários, acompanhando as evidências científicas, as disponibilidades das vacinas, que é um projeto coordenado a nível nacional, mas concretizado e executado com a nossa própria metodologia, e com as nossas prioridades e definições geográficas", adiantou o governante social-democrata, que gere os destinos da região num Governo de coligação (PSD, CDS e PPM).

Para José Manuel Bolieiro, os Açores estiveram "sempre à frente" do resto do país em matéria confinamento, vacinação e desconfinamento, fruto da situação específica do arquipélago, onde cada ilha representa "uma realidade diferente".

O Plano de Desconfinamento anunciado na quinta-feira pelo primeiro-ministro prevê que, a partir de domingo, no continente português, o comércio, restauração e os espetáculos culturais voltem a funcionar nos horários normais, embora tenham de encerrar às 02:00 e cumprir as regras da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

António Costa entende que chegou à altura do país poder passar a conduzir a gestão da pandemia, em função do critério da vacinação, deixando de existir, por via disso, restrições por concelhos e deixando de haver também o recolher obrigatório às 23:00 nos municípios de risco elevado e muito elevado.

Nos Açores, na segunda-feira entraram em vigor novas medidas restritivas de combate à covid-19, que incluíram o alargamento de horários de funcionamento da restauração e a redução da proibição de circulação, mesmo nos concelhos de alto risco.

Nos concelhos de médio-alto e de alto risco o horário dos restaurantes foi alargado das 22:00 para as 23:00, mas nos de alto risco os cafés têm de encerrar às 20:00.

Os estabelecimentos de restauração, bebidas e similares nos concelhos em baixo e muito baixo risco deixaram de ter obrigatoriedade de encerramento à meia-noite.

Nos concelhos de médio risco, esses espaços passam a poder encerrar à meia-noite, quando tinham de encerrar às 22:00.

Outra mudança diz respeito à redução do horário de proibição de circulação na via pública nos concelhos de alto risco, que passou a ser entre as 00:00 e as 5:00, deixando de ser entre 23:00 e as 5:00.

A avaliação dos níveis de risco na região tem por base um modelo alemão, de semáforos, e é calculado em função do número de novos casos de covid-19 por 100 mil habitantes num período de sete dias.

Existem cinco níveis de risco: muito baixo (menos de 25 casos por 100 mil habitantes), baixo (entre 25 e 49 casos por 100 mil habitantes), médio (entre 50 e 74 casos por 100 mil habitantes), médio alto (entre 75 e 99 casos por 100 mil habitantes) e alto (mais de 100 casos por 100 mil habitantes).

Leia Também: Quebra de população nos Açores revela importância de "alterar políticas"

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