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Governos da República e da Madeira devem agir para proteger comunidade

O PS/Madeira defendeu hoje a necessidade de uma "ação urgente" dos Governos da República e Regional para proteger a comunidade emigrante na África do Sul, devido à onda de violência naquele país.

Governos da República e da Madeira devem agir para proteger comunidade
Notícias ao Minuto

14:27 - 12/07/21 por Lusa

País PS Madeira

Num comunicado divulgado na região, o presidente dos socialistas madeirenses, Paulo Cafôfo, "apela a uma ação urgente do Governo da República e do Governo Regional, encetando todos os esforços diplomáticos para proteger a comunidade emigrante na África do Sul".

O líder do PS insular refere-se à "onda de violentos protestos de apoio ao ex-presidente Jacob Zuma que se está a registar em Joanesburgo e que já destruíram vários negócios de madeirenses".

"O PS/Madeira exige uma rápida intervenção diplomática, não só do Governo da República, como do Governo Regional", lê-se no documento.

Cafôfo considera ser "urgente um reforço de segurança que dê tranquilidade às pessoas e bens".

"Não podemos assistir com passividade às notícias que nos chegam diariamente", escreve.

O também deputado do PS na Assembleia Legislativa da Madeira sustenta ser "preciso colocar fim a esta onda de violência para a segurança dos madeirenses, mas também para que a situação se possa normalizar para que não tenhamos na África do Sul uma segunda Venezuela".

Paulo Cafôfo também critica o silêncio do Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, sobre esta situação, por não ter "sequer dirigido uma palavra de solidariedade à comunidade madeirense que vive na África do Sul", argumentando que esta não é uma matéria da exclusiva responsabilidade do Governo da República, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

"O Governo Regional tem de atuar, não só através da Direção Regional das Comunidades e Cooperação Externa, que existe para cuidar das nossas comunidades quando precisam de apoio, mas também ao nível da Presidência do Governo", sublinha.

O presidente do PS/Madeira aponta que o chefe do executivo madeirense, o social-democrata Miguel Albuquerque, "ainda nada disse nem nada fez em prol dos madeirenses que estão a precisar de ajuda neste momento".

"Não é admissível esta postura silenciosa e de braços cruzados", sublinha.

Paulo Cafôfo assegura que a estrutura regional do PS da Madeira "está atenta ao que se está passar e vai exercer a sua influência para que sejam desencadeadas diligências que coloquem pressão diplomática junto do Governo da África do Sul para que a situação vivida no país seja minimizada e estancada, com o restabelecimento da segurança pública".

A África do Sul destacou militares para as ruas de Gauteng e KwaZulu-Natal para ajudar a conter a situação de violência, pilhagens e intimidação que eclodiu no país após a detenção do ex-Presidente Jacob Zuma.

Pelo menos 200 pessoas foram detidas e sete morreram nas ações violentas que afetam pelo quinto dia consecutivo várias áreas do KwaZulu-Natal e Gauteng, na África do Sul, segundo a polícia sul-africana.

Pilhagens a lojas e centros comerciais, assaltos, intimidação, confrontos armados com as forças de segurança e veículos incendiados prosseguiram na manhã de hoje, pelo quinto dia consecutivo, nomeadamente na capital económica Joanesburgo, onde reside a maioria dos emigrantes portugueses.

Os incidentes começaram na província oriental KwaZulu-Natal, onde nasceu o antigo chefe de Estado sul-africano Jacob Zuma, após este ter sido detido na sua residência, em Nkandla, na quarta-feira à noite pelas forças de segurança, para cumprir uma pena de prisão de 15 meses por desrespeito a uma ordem do Tribunal Constitucional, a mais alta instância judicial do país.

Na sexta-feira, os distúrbios alastraram-se a várias áreas de Joanesburgo, a maior cidade do país, na província de Gauteng, onde se situa também a capital da África do Sul, Pretória, e onde se localizam vários albergues dos Zulus, o maior grupo étnico do país.

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