Acidente no metro da Praça de Espanha? "Responsabilidade distribuída"
Câmara Municipal de Lisboa revelou relatório ao incidente ocorrido em setembro de 2020 no Parque Urbano da Praça de Espanha.
© Global Imagens
País Lisboa
A responsabilidade do incidente que aconteceu em setembro de 2020 e que afetou o metropolitano da Praça de Espanha é "distribuída pelas várias entidades envolvidas - dono da obra (SRU/CML), o Metropolitano de Lisboa, o projetista, o revisor do projeto, o empreiteiro e a fiscalização". Esta é a conclusão presente no relatório ao ocorrido, divulgado esta sexta-feira pela Câmara Municipal de Lisboa.
O documento foi entregue à vereação, conforme foi anunciado pelo autarca, Fernando Medina, numa das últimas reuniões do executivo. A averiguação foi "levada a efeito por uma Comissão de Inquérito criada por despacho do presidente da CML a qual foi integrada por elementos da Ordem dos Engenheiros, da Câmara Municipal de Lisboa e do Metropolitano de Lisboa".
A missão foi "apurar as circunstâncias em que ocorreu o referido acidente que provocou danos na infraestrutura do Metropolitano de Lisboa", sendo que a responsabilidade foi, assim, "distribuída".
A comissão criada deixa ainda recomendações, referindo que em obras "que tenham interferência com infraestruturas enterradas" devem ser feitos, "na fase de projeto", levantamentos com sondagens, e que nas zonas de potenciais conflitos com infraestruturas enterradas, os empreiteiros devem ter particulares cuidados quando usam técnicas de escavação e demolição de elementos.
Leia aqui o relatório na íntegra
Desabamento na Praça de Espanha em setembro de 2020© Global Imagens
Recorde-se que a circulação na Linha Azul do Metro de Lisboa foi interrompida na sequência de um desabamento que afetou a estação da Praça de Espanha. Houve quatro feridos a registar.
Fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP) indicou ao Notícias ao Minuto, na altura, que na base do desabamento terão estado as obras que estavam a ser realizadas no local. O teto abateu e que a circulação ficou interrompida entre S. Sebastião e Praça de Espanha.
Fernando Medina classificou, então, a perfuração indevida, que provocou a queda de parte da laje do túnel do metropolitano na Praça de Espanha, como um "erro grosseiro". O autarca assegurou ainda que o incidente "decorre da responsabilidade de uma obra da Câmara".
[Notícia atualizada às 17h46]
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