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"Mesmo vacinados temos de continuar a cumprir instruções das autoridades"

António Costa retomou esta segunda-feira a agenda presencial, depois de uns dias de isolamento profilático. Confrontado com a confusão gerada em torno do seu caso, o primeiro-ministro lembrou que as vacinas não garantem proteção total. "Podemos estar do lado dos 97% ou dos 3%", atirou.

"Mesmo vacinados temos de continuar a cumprir instruções das autoridades"
Notícias ao Minuto

11:04 - 05/07/21 por Melissa Lopes

País Covid-19

O primeiro-ministro regressou esta segunda-feira à atividade presencial, depois de ter cumprido um período de isolamento profilático na sequência de um contacto com um caso positivo. Em declarações aos jornalistas, no primeiro compromisso do dia, em Loures, António Costa lembrou que "mesmo vacinados temos de continuar a cumprir as instruções das autoridades de saúde" e sublinhou a confiança na vacinação".

Questionado sobre a confusão gerada em torno do isolamento , o primeiro-ministro disse não ter ficado feliz por ter estado mais dez dias confinado, frisando perceber a razão de ser do seu isolamento.

"As vacinas garantem proteção, mas não garantem uma proteção de 100%. Há uma pequena percentagem de pessoas que a vacina não protege e obviamente as autoridades têm de garantir este afastamento preventivamente. Podemos estar nos 97% que ficam protegidos ou estar nos 3% que não", afirmou, sublinhando que quando "não estamos protegidos é um perigo para nós mas também para os outros". 

Interrogado sobre se as regras da DGS foram bem explicadas para que a população as possa perceber, sem desvalorizar a vacinação, António Costa atirou: "Se acham que está mal explicado, ajudem a explicar. Quando nenhum de nós é técnico, aquilo que temos de fazer é aceitar a opinião dos técnicos".

E deu outros exemplos: "O que é que fazemos quando vamos a um médico? Muitas das prescrições são dolorosas, as pessoas não gostam de ser operadas, de levar injeções, ou ficar isoladas", regras que, diz, serem aplicáveis a toda a gente. 

Apesar de estar vacinado contra a Covid-19, e de o teste ter dado negativo, António Costa foi sujeito a um período de isolamento profilático que suscitou dúvidas ao Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa chegou mesmo a pedir um esclarecimento à Direção-Geral de Saúde (DGS).

"Isto tem de ser explicado, para que não haja a ideia errada de que a vacina não serve para nada. Nós temos de vacinar e vacinar mais, há uma campanha de vacinação importante em curso e por isso é bom que os portugueses não fiquem com dúvidas", afirmou.

Na resposta, a autoridade de saúde justificou o isolamento de Costa com o "princípio da precaução". "As pessoas vacinadas são abordadas, no que diz respeito ao isolamento e testagem, respetivamente, da mesma forma que as pessoas não vacinadas", esclareceu a DGS,  acrescentando que a matéria se encontra presentemente em discussão, pelo que "poderá ser atualizada com base na evolução da evidência científica e se a situação epidemiológica assim o suportar".

O gabinete do primeiro-ministro informou esta segunda-feira que "após a realização de novo teste PCR determinado pelas autoridades de saúde e tendo o resultado do mesmo sido, novamente, negativo, as autoridades de saúde autorizaram o retomar da atividade presencial do primeiro-ministro e, como tal, da sua agenda pública". 

A cerimónia de Assinatura do Protocolo de Cooperação para o MLS Loures/Odivelas é o primeiro compromisso do dia de Costa, seguindo-se, durante a tarde, o balanço da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. António Costa marcará ainda presença, ao final da tarde, na apresentação da candidatura de Fernando Medina à Câmara de Lisboa. 

Leia Também: Fim de isolamento para Costa. Primeiro-ministro voltou a testar negativo

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