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Portugal "muito empenhado" no novo mandato da Frontex, afirma Cabrita

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou hoje que a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) está "muito empenhada" no novo mandato da Frontex, que terá uma resposta global assente no respeito pelos direitos humanos.

Portugal "muito empenhado" no novo mandato da Frontex, afirma Cabrita
Notícias ao Minuto

19:33 - 08/06/21 por Lusa

País União Europeia

"A presidência portuguesa está muito empenhada no novo mandato da Frontex. A guarda fronteiriça europeia é uma força que achamos que irá desenvolver uma nova resposta global europeia até 2027, (...) e queremos que esse desenvolvimento respeite plenamente os princípios do direito europeu e dos direitos humanos", apontou Eduardo Cabrita.

O ministro da Administração Interna falava em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros do Interior da UE, que decorreu hoje presencialmente no Luxemburgo e a que presidiu.

Abordando o relatório publicado na segunda-feira pelo Tribunal de Contas Europeu (TCE), que indica que a agência responsável pelas fronteiras externas da UE não tem sido "suficientemente eficaz" na ajuda aos Estados-membros, Eduardo Cabrita sublinhou que o relatório é "muito positivo" porque se trata de uma "avaliação independente".

"Diz-nos como é que podemos melhorar este desafio que é a Frontex. Não se trata de andar mais depressa ou mais devagar do que o que foi previsto. Trata-se de andar de acordo com os nossos princípios e valores comuns de defesa dos direitos humanos", referiu Cabrita.

A comissária responsável pelos Assuntos Internos, Ylva Johansson, também abordou o novo mandato da Frontex -- que foi aprovado em 2019 e que prevê dotar a agência com 10 mil guardas fronteiriços até 2027 e com um orçamento anual de 900 milhões de euros -- para referir que esta "é a agência maior e mais importante" da UE.

"Demos muito poder, responsabilidade, dinheiro e financiamento à Frontex porque temos expectativas muito elevadas no que se refere às tarefas que precisa de levar a cabo nas nossas fronteiras externas, na ajuda que nos pode fornecer em termos de segurança interna, no apoio aos retornos e ao bom funcionamento da área Schengen", apontou a comissária.

Neste contexto de "grandes esperanças" e de "grandes possibilidades" para a agência, Johansson "saudou" o relatório do TCE, assim como todo o tipo de "escrutínio" e "auditorias" que possam ser feitas à Frontex, por considerar que é "importante" seguir o desenvolvimento da agência "o mais perto possível".

"Se houver falhas, elas precisam de ser corrigidas, porque gostaríamos de ter uma agência robusta e que funciona bem. E é por isso que saúdo o relatório do TCE: estão a concentrar-se em alguns aspetos, não todos, mas acho que é uma boa base para abordar as falhas que apontam", indicou a comissária.

Na segunda-feira, o TCE publicou um relatório onde aponta "lacunas e inconsistências no quadro de troca de informações" da Frontex, o que prejudica a sua "capacidade e dos Estados-membros de controlarem as fronteiras externas e reagirem quando necessário".

O tribunal acrescenta ainda que "as atividades de análise de risco e de avaliação de vulnerabilidades nem sempre se apoiam em dados completos e de boa qualidade" e aponta uma "ausência de dados sobre a eficiência e os custos" da Frontex, tendo a última avaliação externa da agência sido feita em julho de 2015.

Abordando o novo mandato da Frontex, o TCE refere que os 900 milhões de euros que irão compor o seu orçamento são um "número elevado que foi decidido sem qualquer tentativa de determinar do que a Frontex irá precisar para conseguir levar a cabo o seu mandato".

O relatório surge após, em 2020, a Frontex ter sido acusada de impedir a entrada de migrantes na Europa em várias ocasiões entre março e agosto, um incidente punido pela lei internacional.

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