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Amigos da Ria de Aveiro apontam dedo às pecuárias da Murtosa na poluição

O Movimento de Amigos da Ria de Aveiro (MARIA) considerou hoje urgente impedir as explorações agropecuárias da Murtosa de lançar efluentes nas linhas de água que desaguam na Ria. 

Amigos da Ria de Aveiro apontam dedo às pecuárias da Murtosa na poluição

© iStock

Lusa
04/06/2021 09:40 ‧ há 4 anos por Lusa

Em comunicado, aquele movimento refere um esclarecimento da empresa Águas do Centro Litoral (ADCL) para concluir que a poluição da Ria, que levou à interdição da apanha de bivalves entre a Ponte da Varela e a Barra de Aveiro, é causada por descargas das explorações agrícolas e pecuárias.

"Com o esclarecimento da ADCL, ficam mais evidentes algumas preocupações já partilhadas pelo MARIA acerca da necessidade de se encontrarem urgentemente soluções, que evitem e impeçam a atividade agrícola e agropecuária do concelho da Murtosa de lançar efluentes não tratados em valas e linhas de água, que depois acabam por ser conduzidos para a Ria de Aveiro", refere o movimento.

Em carta enviada ao MARIA, a empresa Águas do Centro Litoral (ADCL) "declina qualquer responsabilidade pelo lançamento nas águas da Ria de Aveiro de efluentes não tratados provenientes das redes de saneamento doméstico e industrial do concelho da Murtosa (...)".

No esclarecimento, o presidente do conselho de administração da ADCL, Alexandre Oliveira Tavares, indica que a Estação Elevatória da Murtosa (EEN10) "não possui descarregador de emergência, pelo que todo o efluente que chega à infraestrutura é bombeado para jusante, até à Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Cacia".

A carta de Alexandre Tavares, dada hoje a conhecer pelo MARIA, surge em resposta ao pedido de esclarecimentos daquele movimento, feito após o presidente da Câmara da Murtosa, Joaquim Batista, ter referido haver "transbordo das estações elevatórias para linhas de água, atravessando estruturas urbanas e periurbanas" por alegada "incapacidade da empresa para transportar os efluentes" com origem na Murtosa.

Face a essas declarações, a ADCL informou que "procurará nas próximas semanas reunir com o município da Murtosa e com a Águas da Região de Aveiro (Adra) para equacionar soluções, de forma a contribuir para as melhores condições ambientais da Ria", refere a carta enviada ao MARIA pelo presidente do conselho de administração da empresa.

Em março, na sequência da presença de uma bactéria de origem fecal nas águas da Ria de Aveiro, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) suspendeu as capturas de algumas espécies de bivalves, na maior e mais produtiva zona de pesca da Ria (RIAV1), delimitada, a Norte, pela Ponte da Varela, no concelho da Murtosa, e, a Sul, pela Barra de Aveiro, no concelho de Ílhavo.

Na altura dos acontecimentos, o Movimento de Amigos da Ria de Aveiro e a Associação da Pesca Artesanal da Região de Aveiro (APARA) tomaram uma posição pública de repúdio pelo lançamento nas águas da Ria de efluentes não tratados, exigindo a punição dos prevaricadores e medidas para acabar com a poluição.

Leia Também: Mais de 5 anos de prisão por tentar matar namorado da "ex" com martelo

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