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Pilotos testam em Espanha melhoria da acessibilidade ao Porto de Aveiro

A Administração do Porto de Aveiro tem já dois cenários para melhorar a acessibilidade marítima, que vão ser testados num simulador, em Espanha, pelos pilotos da barra, revelou hoje fonte portuária

Pilotos testam em Espanha melhoria da acessibilidade ao Porto de Aveiro
Notícias ao Minuto

19:44 - 02/06/21 por Lusa

País Porto de Aveiro

De acordo com Fátima Alves, presidente da Administração do Porto de Aveiro (APA), há dois cenários de modelação desenvolvidos pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), com a participação da Universidade de Aveiro, que deverão ser testados, até setembro, pelos pilotos.

"Estão em estudo dois cenários, que a seu tempo serão conhecidos, porque ainda podem vir a ser modificados, e que vamos apresentar à comunidade portuária, assim que estiverem prontos", disse à Lusa.

Só depois de escolhida a que for entendida como melhor solução, explicou, será elaborado o projeto de execução e o respetivo estudo de impacto ambiental.

A novidade é que a APA resolveu que os seus pilotos deveriam testar primeiro os dois modelos porque "são eles que fazem entrar os navios na barra".

Essa condição, devido à covid-19, provocou atrasos no processo, nomeadamente por limitações portuguesas e espanholas à deslocação dos pilotos que, em Espanha, vão simular a entrada de navios de diferentes dimensões.

Apesar de existir um simulador em Matosinhos, esse não tem a barra de Aveiro e, curiosamente, é um simulador espanhol que tem todos os pormenores da entrada no Porto de Aveiro, sendo apenas necessário atualizar os parâmetros da modelação hidrodinâmica.

"O objetivo principal do estudo é que a entrada no porto de Aveiro e na barra em particular possa ocorrer em qualquer condição de maré, ultrapassando os atuais constrangimentos físicos e hidrodinâmicos da sua barra, para que os navios que o demandam possam entrar em segurança, em qualquer altura", salienta Fátima Alves.

A administradora portuária assume haver também o fito de Aveiro vir a receber navios maiores, "sobretudo com maior largura de boca, porque, como é sabido, já entram em Aveiro navios com 200 metros de comprimento".

"Colocamos como fasquia que a boca de navio possa ir aos 30 e eventualmente aos 32 metros, que é o que a maior parte dos armadores pede, porque os fretes ficam mais baratos", adianta.

O impacto em todo o sistema lagunar de qualquer intervenção na barra é também critério naquela que vier a ser a solução a adotar: "queremos garantir que o impacto no prisma da maré seja o mínimo possível e para isso está a Universidade de Aveiro como consultor, porque tem já muito trabalho realizado sobre a Ria, sublinha Fátima Alves, admitindo que possam ter de ser tomadas medidas de mitigação, face às consequências numa zona ambientalmente sensível.

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