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Sindicato dos inspetores do SEF recorre ao Supremo contra requisição

O Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras do SEF recorreu hoje ao Supremo Tribunal Administrativo da requisição civil decretada pelo Governo nos aeroportos na sequência da greve marcada para junho.

Sindicato dos inspetores do SEF recorre ao Supremo contra requisição
Notícias ao Minuto

23:58 - 27/05/21 por Lusa

País SEF

"Tendo em conta a ilegalidade patente nesta decisão do Governo recorremos para o Supremo Tribunal Administrativo apresentando uma intimação para fazer valer a proteção dos direitos, liberdades e garantias", disse em declarações à agência Lusa o presidente da direção do sindicato, Renato Mendonça.

O Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF) do SEF marcou um ciclo de greves para junho, com início da próxima semana contra a intenção do Governo "de extinguir o SEF".

O Governo decidiu hoje decretar requisição civil dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) nos aeroportos, na sequência da greve marcada.

"O Conselho de Ministros de hoje decidiu proceder à requisição civil dos trabalhadores da área da investigação e fiscalização do SEF nos aeroportos", disse Eduardo Cabrita no parlamento, durante o debate sobre a reestruturação do SEF marcado a propósito de um projeto de resolução do CDS-PP.

Em declarações à Lusa, o presidente do SIIFF referiu que a estrutura ficou surpreendida com a decisão do Governo face à dimensão do protesto, que será de uma greve de duas horas por dia, com acordo relativamente aos serviços mínimos a prestar.

"Para uma situação de uma contestação por duas horas ser decretada uma requisição civil parece-nos, além de ilegal, exagerado", disse.

O ministro da Administração Interna avançou que a requisição civil já tinha sido solicitada pelo Governo Regional da Madeira e pela generalidade de autarcas de áreas turísticas "como preocupação de segurança nacional".

"A greve é um grave atentado à segurança nacional, é inadmissível num quadro de uma situação de calamidade em que cabe também ao SEF verificar as condições de segurança sanitária, designadamente se os cidadãos que chegam a Portugal têm ou não os testes de diagnósticos de covid-19", sublinhou Eduardo Cabrita.

Já o primeiro-ministro alegou que o país não pode ficar "desarmado" em termos de segurança nas suas fronteiras.

António Costa assumiu esta posição na sede do PS, depois de questionado sobre a decisão tomada em Conselho de Ministros face à greve convocada para junho por um dos sindicatos do SEF.

"O país não pode ter em causa a sua segurança interna ameaçada por não haver controlo interno nas fronteiras e, sobretudo, num momento que vivemos uma pandemia e estamos em estado de calamidade. Nesta altura, para além do controlo normal das entradas e saídas, há um controlo acrescido a fazer relativamente à verificação da testagem, da origem [do passageiro] e das quarentenas em função da origem", alegou.

O primeiro-ministro considerou que "seria inimaginável que, nestas circunstâncias, o país fique desarmado nas fronteiras".

"Por enquanto, ainda é o SEF a assegurar essas funções. O SEF tem de estar 24 horas por dia e 365 dias por ano em estado de prontidão para cumprir a sua missão, como está qualquer força ou serviço de segurança. Portanto, por essas razões, a requisição foi determinada", acrescentou o líder do executivo.

Leia Também: Maioria de partidos favorável à separação de funções do SEF

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