No final do conselho informal de Negócios Estrangeiros (Gymnich), que decorreu esta quinta-feira em Lisboa, o chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, destacou os avanços nas relações com África, no dossier Indo-Pacífico e na problemática do Médio Oriente.

Numa conferência conjunta com o alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, o ministro dos Negócios Estrangeiros português começou por agradecer a presença dos homólogos, que contribuíram para um "intenso debate e trabalho no espírito do 'Gymnich', que é o espírito de uma discussão livre, reservada, aberta e franca sobre grandes questões da atualidade entre os responsáveis da política externa da União Europeia e dos Estados-Membros". 

Dos vários pontos da agenda estabelecidos para esta reunião, o governante destacou duas temáticas "da máxima atualidade" e que se "inscrevem-se naquelas que são as prioridades da Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia".

Uma delas, refira-se, diz respeito à discussão sobre o Indo-Pacífico. Neste domínio, recordou Santos Silva que "a Presidência portuguesa teve a iniciativa de, em colaboração o Presidente do Conselho Europeu e a Comissão, organizar, no Porto, no dia 8 de maio, a primeira reunião de líderes entre a UE e a Índia". Este foi um encontro que "produziu resultados importantes, como o relançamento das relações económicas entre a UE e a Índia e a assinatura de um pacto conjunto para a conectividade". 

Esta reunião foi, frisou ainda o ministro, "parte de um processo em que a UE vai prestar mais atenção à região do Indo-Pacífico, através de uma estratégia própria". 

O segundo ponto diz respeito à "discussão sobre as relações entre a UE e África". Aos olhos do governante, "é preciso construir uma estratégia conjunta para o desenvolvimento da cooperação e que o temas da transição ecológica e energética, da transição digital e do Estado de Direito estejam presentes". 

O chefe da diplomacia portuguesa destacou ainda o almoço de trabalho de hoje, que teve como convidado o ministro jordano Ayman Al-Safadi. Durante este almoço, foi abordada a situação do Médio Oriente, num tom que Santos Silva classificou como "claro e consensual", destacando ainda que "precisamos de segurança e paz no Médio Oriente. Precisamos de regressar ao processo de paz, acudir às necessidades urgentes e relançar um processo político capaz de encontrar a solução para o conflito israelo-palestiniano".

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— 2021Portugal.eu (@2021PortugalEU) May 27, 2021

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