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Juíza absolve homem que arrastou mulher pelo pescoço em Paredes

Para a magistrada, apesar de a agressão ter ficado provada, o caso não teve gravidade para preencher requisitos do crime.

Juíza absolve homem que arrastou mulher pelo pescoço em Paredes
Notícias ao Minuto

19:15 - 21/05/21 por Notícias ao Minuto

País Violência doméstica

Um homem de 37 anos foi absolvido do crime de violência doméstica, no passado mês de abril, em Paredes, apesar de ter ficado provado que, em outubro de 2020, este agarrou a mulher pelo pescoço, em plena via pública, e arrastou-a até ao carro, conta o Jornal de Notícias (JN).

De acordo com a juíza Isabel Pereira Neto, do Tribunal de Paredes, este ato não teve a “crueldade, insensibilidade e desprezo” suficiente para ser considerado crime de violência doméstica e não foi considerado crime de ofensa à integridade física porque a vítima recusou testemunhar ou apresentar queixa durante todo o processo.

Além de ter sido descriminalizado por violência doméstica, o agressor foi absolvido de ter chamado “cobardes” aos militares da GNR que o detiveram, assim como de ameaçá-los, algo que, para a magistrada, não passou de “um desabafo”.

O JN revela ainda que o agressor não compareceu a qualquer sessão do julgamento.

"Estado fica impávido, tolerando a atitude dos agressores"

A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) já reagiu a esta notícia e considera que assistiu-se, mais uma vez, a um retrocesso na Justiça portuguesa.

"É visível a violência de que foi exercida sobre ela e o Estado português fica impávido e sereno, tolerando a atitude dos agressores", defendeu Maria José Magalhães, responsável da UMAR, acrescentando que "parece que voltamos ao sistema feudal, é o feudo dos agressores".

Leia Também: Caso de violência doméstica indigna figuras públicas. "Vergonha de país"

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