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"Rankings de escolas são, mais do que nunca, uma farsa"

Fenprof reitera que "é uma injustiça" para o trabalho desenvolvido nas escolas a catalogação "como boas ou más". A força sindical condena ainda o Governo por ter disponibilizado dados para a elaboração destes rankings, num ano em que "dispararam as desigualdades" no ensino devido ao ensino à distância.

"Rankings de escolas são, mais do que nunca, uma farsa"
Notícias ao Minuto

12:03 - 21/05/21 por Mafalda Tello Silva

País FENPROF

A Fenprof voltou a condenar, esta sexta-feira, a realização dos rankings escolares

Para a Federação Nacional dos Professores, esta é "uma iniciativa que procura reduzir os indicadores de qualidade das escolas aos resultados dos alunos em exames".

Mais, segundo a força sindical, para além "de mistificadora e demagógica", a catalogação das escolas "como boas ou más", é de "uma enorme injustiça para o trabalho desenvolvido em cada uma delas".

A Fenprof acusa também estes rankings de "confundirem a opinião pública e as famílias", com informação "redutora, parcelar e distorcida".

Ainda assim, a divulgação destes dados é, para a federação, particularmente "perversa" este ano. "Rankings de escolas são, mais do que nunca, uma farsa", é sublinhado, em comunicado. 

A Fenprof argumenta que os resultados dos rankings deste ano foram obtidos após meses de estar em vigor o ensino à distância, período em que "dispararam as desigualdades" no ensino, considerando que muitos alunos não tinham "condições para acompanharem as aulas remotas", devido à falta de equipamentos, acesso à Internet ou de apoio adequado para superarem dificuldades.

"Convirá acrescentar que esses são os alunos que não frequentam os colégios privados, que ocupam os primeiros lugares do catálogo, não só por falta de condições financeiras das famílias, mas, também, por neles serem recusados", destaca a estrutura sindical. 

Ainda sobre esta avaliação das escolas, a Fenprof lamenta que o Ministério da Educação tenha disponibilizado os dados que levaram à elaboração destas listas, "associando-se a mais um dos muitos ataques que são desferidos a uma Escola Pública que, graças ao elevado sentido de responsabilidade, também social, dos seus profissionais, a todos tem resistido".

Nas últimas duas décadas, o Ministério da Educação partilha, a pedido dos órgãos de comunicação social, dados sobre os resultados dos alunos nos exames e provas nacionais, assim como as notas internas dadas pelas escolas aos estudantes e alguns dados de contexto. Este ano, no geral, as escolas públicas voltaram a descer na tabela geral.

Leia Também: "Há muito trabalho nas escolas que vai muito além" dos rankings

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