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Investigadores contribuem para neutralidade carbónica das cidades a Norte

Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) integram um projeto que visa, através do desenvolvimento de estratégias, políticas e ferramentas digitais, contribuir para a neutralidade carbónica das cidades a Norte.

Investigadores contribuem para neutralidade carbónica das cidades a Norte
Notícias ao Minuto

11:01 - 18/05/21 por Lusa

País neutralidade carbónica

"Queremos com este projeto contribuir para a descarbonização das cidades nortenhas de Portugal", afirmou hoje David Rua, investigador no instituto do Porto.

Em declarações à agência Lusa, o investigador explicou que o projeto, intitulado DECARBONIZE e desenvolvido em parceria com o Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), vai "cobrir vários eixos", tendo como principal finalidade "tornar os cidadãos elementos ativos" no processo de neutralidade carbónica.

Com um apoio de 499 mil euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), o projeto segmenta-se em três linhas de investigação, sendo que a primeira visa "especificar os sistemas energéticos para atingir a neutralidade carbónica" através da integração dos mais variados sistemas nas cidades, tendo em conta os avanços tecnológicos mais recentes.

"Vamos olhar para a questão dos sistemas de energia existentes ao nível da cidade, isto é, olhar para estes sistemas na componente local. Quando falamos de cidade, podemos estar a falar de um só edifício, de conjunto de edifícios ou de uma comunidade energética", esclareceu.

O segundo eixo de investigação assenta na definição de "novos modelos de governança e de estratégias para a cidadania ativa" que permitam dar resposta aos desafios políticos e técnicos associados à transição energética "inclusiva e justa".

"É importante garantir que as políticas estão alinhadas com as expectativas dos cidadãos, para que sejam incentivados a serem atores ativos ao invés de atores passivos no processo de neutralidade carbónica", sublinhou David Rua, acrescentando que do projeto vão resultar "recomendações".

O DECARBONIZE vai ainda desenvolver soluções para a "digitalização e automação", visando colocar ao dispor dos cidadãos ferramentas que permitam "encontrar formas ótimas de alocar os recursos" de acordo com as suas preferências.

"O cidadão comum passa a ter acesso a ferramentas digitais que lhe dizem qual a sua pegada carbónica", referiu o investigador, acrescentando que as ferramentas vão ter a capacidade de "agregar toda a componente técnica" existente no âmbito da automação doméstica, sistemas de gestão inteligente e soluções energia e não-energia.

"São postas ao dispor do utilizador formas de reduzir a sua pegada carbónica, por exemplo, conciliando o termorregulador na altura em que tem um recurso renovável otimizado. Da mesma forma que um veículo elétrico pode beneficiar das mesmas circunstâncias", esclareceu.

De acordo com David Rua, o objetivo máximo do projeto é também que o "cidadão crie de forma consciente e ativa o seu papel enquanto um dos intervenientes com impacto na pegada carbónica".

Além do próprio trabalho de investigação, o financiamento permitirá contratar recursos humanos, estando prevista a contratação de 11 novos investigadores.

O projeto DECARBONIZE, cujo investimento elegível ascende aos 588 mil euros, terá a duração de dois anos.

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