Pagar 11 mil euros por matrimónios 'arranjados' com portuguesas
Alguns funcionários da 1ª Conservatória de Registo Civil do Porto estão a ser acusados de realizarem casamentos ilegais ao domingo, entre portuguesas e paquistaneses, tendo estes o objetivo de obter a nacionalidade portuguesa e, assim, poderem circular livremente pela Europa. Segundo avança o Jornal de Notícias, cada cerimónia podia custar até 11 mil euros.
© Reuters
País Conservatória
Paquistaneses pagam até onze mil euros para casar com noivas portuguesas. O objetivo final é obter a nacionalidade portuguesa e poder passar a circular livremente pelo continente europeu, evitando as regras contra a imigração ilegal.
Segundo o Jornal de Notícias, uma funcionária está a ser acusada pelo Ministério Público de realizar as cerimónias na 1ª Conservatória de Registo Civil do Porto. Os casamentos eram realizados ao domingo e o líder da rede, o paquistanês Asif Ali, já foi detido pelas autoridades.
Isaura Leite e Susana Brandão, ambas a trabalhar para Asif, tinham a função de recrutar as noivas portuguesas, que, na maior parte das vezes, nem chegavam a saber o nome do futuro marido. Asif, que também se encontrava nacionalizado através de um casamento por conveniência, tratava dos noivos.
Além destas, outra funcionária da Conservatória, Natalina Rita, está a ser acusada de crimes de corrupção e associação de auxílio à imigração ilegal por celebrar as cerimónias.
As noivas ganhavam entre dois a três mil euros e as testemunhas de 50 até 500 euros. O processo será julgado no Tribunal de Santo Tirso e estão em causa três casamentos. A data ainda não foi avançada.
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