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"Podia ter sido eu". Solidariedade para com mãe que se esqueceu da filha

Nas redes sociais, ergueu-se uma onda de solidariedade para com a mãe que se esqueceu da filha no carro. A menina, de dois anos, acabou por morrer.

"Podia ter sido eu". Solidariedade para com mãe que se esqueceu da filha
Notícias ao Minuto

11:44 - 13/05/21 por Notícias ao Minuto

País Menina

Uma menina de dois anos morreu, na semana passada, depois de ter ficado esquecida no carro, em Lisboa. A mãe, que levou os outros dois filhos à escola, ter-se-á esquecido da menina no interior do veículo. Quando se apercebeu, já nada havia a fazer.

Assim que o caso veio a público, nas redes sociais gerou-se uma onda de solidariedade para com a mãe. Exemplo disso é uma publicação do blogue 'Ser super mãe é uma treta'. "Quando li a notícia daquela mãe, que numa hora negra, se esqueceu da filha dentro do carro, o meu primeiro pensamento foi 'Podia ter sido eu'", começa por assumir a autora.

"Podia ter sido eu quando vivi anos a dormir mal, a acordar quatro e cinco vezes na mesma noite, podia ter sido eu quando a privação do sono me transformava o cérebro em papa e eu mal sabia quem era, podia ter sido eu quando chegava ao trabalho em piloto automático e picava o ponto sem fazer puta de ideia de como lá tinha chegado", pode ler-se ainda na publicação. 

A autora destaca, ainda as rotinas, "os pensamentos, as responsabilidades", as "chatices do trabalho ou das contas para pagar", ou até mesmo "o ataque de pânico, a ansiedade", como realidades comuns a tantas mães. "Podia ter sido eu, num dia igual a tantos outros, numa hora negra, a… Ainda bem que não fui eu". 

Aquela mãe, vinca, "não precisa de julgamentos, nem de acusações". Acredita a autora do blogue que aquela mãe já os "faz sozinha, ela já o fará sozinha para o resto da vida. Da não vida, porque aquela mãe morreu. Só ela saberá o quanto lhe custa viver, abrir os olhos e respirar. E sobreviver um dia atrás do outro. Ninguém sabe, só ela". 

É também sublinhada a necessidade de pedir ajuda, "conhecer os nossos limites e não esticar a corda até rebentar. É preciso criar mecanismos de ajuda, estruturas de apoio, é preciso olhar para quem está ao nosso lado e oferecer ajuda. É preciso perguntar sem medo "O que posso fazer por ti?" É preciso criar a tal aldeia. Não julguem. Reflitam". 

Várias pessoas reagiram à publicação e sublinharam a forma como se reveem nas palavras da autora. "Concordo com cada palavra escrita", "Obrigada por escreveres isto", "Como me revejo no teu texto", "Pensei exatamente a mesma coisa", são apenas alguns dos comentários. 

Leia Também: Criança morre depois de alegadamente ficar esquecida dentro de carro

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