A investigadora espanhola de 32 anos, residente na Horta, ilha do Faial, desde 2016, "irá filmar com câmaras de vídeo infravermelho as excursões das crias" de cagarros "durante os meses anteriores à saída definitiva dos ninhos", segundo uma nota de imprensa divulgada hoje pela Universidade dos Açores.
"O projeto inicia-se a 15 de maio e o trabalho de campo decorrerá de julho a novembro, quando as crias estão nos ninhos", adianta a nota.
"Como muitas outras aves marinhas, as crias de cagarro deixam os seus ninhos à noite para exercitar as asas e alisar as penas. Ainda é pouco conhecido este período de desenvolvimento das crias" pelo que a investigadora "irá filmar com câmaras de vídeo infravermelho" as "excursões" das crias durante os meses anteriores à saída definitiva dos ninhos", explica.
Citada na nota, a bióloga marinha realça que "este conhecimento será importante para o planeamento de futuras campanhas de conservação, aumentando a consciência pública sobre as aves marinhas e contribuindo com novos dados para a comunidade científica."
Miriam Cuesta, trabalhou entre 2016 e 2019 como estagiária e técnica superior no grupo das Aves Marinhas do Okeanos-UAç (um centro de investigação da Universidade dos Açores vocacionado para o estudo dos recursos vivos marinhos no arquipélago açoriano) e no Departamento de Oceanografia e Pescas da UAç.
Em 2020 Miriam Cuesta finalizou o mestrado em Estudo Integrados dos Oceanos pela Universidade dos Açores, tendo recebido a medalha de mérito escolar 2019/2020.
É atualmente colaboradora eventual do centro Okeanos.