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Desmantelada rede de comércio de bivalves capturados no rio Tejo

Um total de 1,5 toneladas de bivalves foram apreendidos, oito pessoas foram detidas e 13 constituídas arguidas, no âmbito da operação de desmantelamento de uma rede criminosa de comércio deste produto capturado no rio Tejo.

Desmantelada rede de comércio de bivalves capturados no rio Tejo
Notícias ao Minuto

11:59 - 11/05/21 por Lusa

País GNR

A operação "TAGUS CLAMS", a cargo da Unidade de Ação Fiscal (UAF) da Guarda Nacional Republicana (GNR), iniciou-se na manhã de segunda-feira, sob a direção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Almada, com o apoio da EUROPOL e da EUROJUST.

Em comunicado a GNR explica que a operação visou desarticular uma rede criminosa com dimensão transnacional, que de forma organizada e fraudulenta, se dedicava à apanha ilícita e posterior introdução no circuito comercial, para consumo humano, de bivalves (amêijoa-japonesa e pé-de-burro) com elevados níveis de toxicidade.

Recorrendo à adulteração de certificados de origem, a rede criminosa procedia à venda de bivalves com origem efetiva no Rio Tejo, mas cujos documentos falsamente referiam a origem no Rio Sado, capturando diariamente dezenas de toneladas de bivalves destinados à comercialização quer em território nacional, quer para outros países europeus.

No decurso desta operação policial, adianta a GNR, foi dado cumprimento a 53 mandados de busca (domiciliárias e em empresas, armazéns, veículos e embarcações): 42 em Portugal, cinco em Espanha e seis em Itália.

Em resultado das diligências realizadas, foram detidas oito pessoas, com idades compreendidas entre os 29 e os 48 anos, para além de terem sido constituídas arguidas sete sociedades comerciais, bem como seis pessoas.

No decorrer da operação foram apreendidas 1,5 toneladas de bivalves (amêijoa-japonesa e pé-de-burro), diverso material relacionado com a atividade (ganchorras, balanças e diversa maquinaria), 120 mil euros em numerário, 25 veículos, 12 embarcações, diversa documentação fiscal e bancária, bem como outra associada à apanha de bivalves e equipamentos tecnológicos e informáticos.

Por outro lado, adianta a GNR, no sentido de possibilitar uma eventual recuperação de ativos, foi garantido o congelamento de seis contas bancárias detidas pelos suspeitos, bem como o arresto preventivo de três prédios, de valor ainda não quantificado.

Da atividade comercial marginalmente desenvolvida pela rede criminosa, resultou a ocultação à administração tributária de transações estimadas em cerca de cinco milhões de euros, o que, para além de defraudar o Estado Português em sede de Imposto de Valor Acrescentado (IVA), Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) e Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), lhes permitiu ilicitamente obter significativas vantagens patrimoniais.

Os detidos encontram-se indiciados pelos crimes de branqueamento de capitais, associação criminosa, fraude fiscal qualificada, falsificação de documentos e crimes contra a saúde pública.

Na operação foram empenhados mais de 200 militares da Unidade de Ação Fiscal, da Unidade de Controlo Costeiro (UCC), da Unidade de Intervenção (UI) e do Comando Territorial de Faro.

A operação contou também com o reforço de equipas de Digital Forense da Guarda Nacional Republicana e com a participação de elementos da EUROPOL, bem como de elementos da Guardia Civil (Espanha) e da Arma dei Carabinieri (Itália).

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