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São Miguel deixar amanhã de estar em situação de alto risco

O secretário da Saúde do Governo dos Açores, Clélio Meneses, avançou hoje que, a partir da próxima quinta-feira, a ilha de São Miguel deverá deixar de estar no patamar de alto risco de contágio da covid-19.

São Miguel deixar amanhã de estar em situação de alto risco
Notícias ao Minuto

18:58 - 05/05/21 por Lusa

País Covid-19

"As medidas que serão anunciadas decorrem daquilo que acontecer até à meia-noite de hoje. Não havendo nada de extraordinário, a situação de calamidade e a situação de alto risco de São Miguel deixa de existir", declarou o governante.

O secretário regional da Saúde falava hoje na Ribeira Grande após uma reunião com a Associação de Municípios da ilha de São Miguel.

Segundo o governante, a maior ilha açoriana registou um "decréscimo" do número de casos de covid-19, pelo que, "em princípio", deixarão de existir algumas "medidas mais restritivas" para o controlo da pandemia.

"Felizmente, na generalidade da ilha de São Miguel, poderá haver o fim de algumas medidas mais restritivas e isto é uma boa notícia", apontou.

Clélio Meneses destacou que, atualmente, o concelho de Vila Franca do Campo ainda está no patamar de alto risco de contágio, mas "muito dificilmente" haverá uma "situação de calamidade em toda a ilha".

"Estando na possibilidade de serem dois concelhos em alto risco a ilha ficará em médio risco. Se for só o concelho de Vila Franca do Campo, todos os concelhos terão o nível de risco adequado aos números de casos positivos dos últimos sete dias", afirmou.

O responsável pela saúde no executivo açoriano de coligação PSD/CDS/PPM remeteu mais detalhes para a conferência de imprensa semanal de atualização das medidas de combate à pandemia, marcada para quinta-feira.

Clélio Meneses revelou ainda que irá ser feita uma alteração às medidas definidas para os graus de risco, sendo que nos concelhos considerados de alto risco os restaurantes vão passar a estar abertos até às 15h00 quando atualmente têm de permanecer encerrados.

"É uma alteração substancial que decorre da análise que estamos a fazer. Os restaurantes em regra cumprem aquilo que são as medidas impostas", realçou.

O secretário regional rejeitou, contudo, que o fim de algumas restrições na ilha de São Miguel esteja relacionado com um protesto de empresários agendado para quinta-feira, em Ponta Delgada, contra as medidas aplicadas para controlar a pandemia. 

"Este governo não age com receio ou por causa de protestos. Agimos sempre de forma coerente e muito determinada", declarou.

Também em declarações aos jornalistas no final da reunião com o secretário regional da Saúde, a presidente da Associação de Municípios da ilha de São Miguel (AMISM), Maria José Duarte, disse que o Governo Regional informou que irão chegar mais vacinas contra a covid-19 a São Miguel e defendeu que as medidas de controlo da pandemia deveriam ser sempre aplicadas conforme os casos em cada concelho.

A também presidente da Câmara de Ponta Delgada revelou que aquele concelho irá passar para o patamar de baixo risco de contágio.

Atualmente, devido ao nível de risco, os restaurantes e cafés estão encerrados na ilha de São Miguel, havendo ainda proibição de circulação na via pública entre as 20h00 locais (21h00 de Lisboa) e as 05h00 (06h00 de Lisboa) durante a semana e entre as 15h00 (16h00 de Lisboa) e as 05h00 (06h00 de Lisboa) ao fim de semana, entre outras medidas.

Hoje, a região conta com 188 casos ativos de covid-19, sendo 179 em São Miguel, seis nas Flores, dois em Santa Maria e um na Terceira.

Desde o início da pandemia foram diagnosticados 4.964 casos positivos de covid-19 nos Açores, tendo recuperado da doença 4.623 pessoas e falecido 31 pessoas.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.230.058 mortos no mundo, resultantes de mais de 154,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.983 pessoas dos 838.102 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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