Catarina Alves, ex-namorada de Luís Monteiro, fez uma denúncia no Twitter onde acusou o deputado do Bloco de Esquerda de a ter agredido. "Andei a proteger o meu agressor para não perder amigos. Que grande burra", escreveu a mulher. O candidato autárquico a Gaia defendeu-se, posteriormente, no Facebook, onde devolveu as acusações de violência doméstica: "Fui vítima de agressões sucessivas, violência verbal e ameaças". 

"As lágrimas são só por não ter entrado na esquadra no dia em que fiquei à frente dela com o corpo marcado de cima abaixo, acabada de escapar duma quase morte. Obrigada, camarada!", pode ler-se noutro tweet.

Ainda numa nova mensagem, Catarina Alves revela o nome do seu alegado agressor: "Podem chamar-lhe Luís Monteiro, a mim chamam-me louca".

As acusações de violência doméstica levaram o deputado do Bloco de Esquerda a publicar um esclarecimento no Facebook onde afirma que tem sido "reiteradamente confrontado com insinuações que, entretanto, oscilam com acusações, as quais procuram fazer de mim um agressor". 

Algumas das mensagens publicadas por Catarina Alves© Reprodução Twitter

"Tudo o que é dito sobre mim e qualquer reação minha terão consequências políticas que não posso nem devo ignorar. Chegou o momento em que não me é possível continuar calado face ao que se está a passar e no contexto em que estamos", acrescentou. 

Garantindo que "nunca" agrediu "a mulher que diz ter sido agredida" por si, Luís Monteiro explicou que namorou com Catarina Alves "de fevereiro a outubro de 2015". "Nunca agredi qualquer mulher. Condeno qualquer ato de violência, mas sobretudo este tipo de violência". 

Além de desmentir as acusações de violência doméstica de que é alvo, o bloquista devolveu-as: "Nos meses em que tive esta relação fui vítima de agressões sucessivas, violência verbal, ameaças, e fui sujeito a um processo do qual não saí ileso. Jamais contaria o que me aconteceu se não fosse obrigado". 

Posteriormente, o candidato disse ter "conhecimento de que situação semelhante foi vivida por outros homens que mantiveram relações com a mulher em causa, alguns de forma muito dramática", apontou ainda Luís Monteiro. 

"Lamento profundamente o que está a acontecer; pelos meus camaradas, pela Catarina Alves e porque admito que seja um problema que não domina, por mim, por todas as mulheres que estão a viver processos de exposição dolorosos que não deveriam ser misturados com este, por todos aqueles que são confrontados com estes factos e que se sentem divididos. Não deveria acontecer", frisou também.

A mensagem publicada na rede social pelo deputado termina com Luís Monteiro a referir que continua "a acreditar que, em situações como esta, o princípio da presunção da inocência deve ser relevado em prol da vítima". "É verdade que quase sempre a vítima é uma mulher, mas comigo não foi assim". 

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