"Tenho muita confiança em que o espaço vai ser uma área de excelência para a economia portuguesa dentro de poucos anos", afirmou João Gomes Cravinho aos jornalistas, no final de uma visita ao Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), em Matosinhos, no distrito do Porto.
A aposta de Portugal na área espacial vai permitir colocar o país "internacionalmente na vanguarda" de uma área cada vez mais fundamental para o bom funcionamento das sociedades, frisou.
O governante admitiu que "talvez não haja grande consciência disso", de que muitas áreas das economias hoje em dia funcionam através de comunicações por satélites.
E, portanto, o espaço é uma área imprescindível de trabalho para as economias modernas, acrescentou.
Depois de uma "excelente experiência" de Portugal na área aeronáutica, o Governo quer replicar essa mesma experiência no setor espacial pelo facto de o país ter algumas mais-valias muito particulares e algumas necessidades muito próprias, explicou João Gomes Cravinho.
"Temos responsabilidades únicas em relação a cerca de um quarto do Atlântico Norte e essas são exercidas de múltiplas maneiras, mas a utilização do espaço é imprescindível para isso", sublinhou.
Em maio, O ministro vai inaugurar o Centro de Operações Espaciais, nos Açores, no âmbito do programa europeu "Space Surveillance and Tracking (SST)" para detetar objetos em órbita da Terra que possam constituir um perigo real.
O novo centro de operações estará instalado no Parque de Ciência e Tecnologia da ilha Terceira, nos Açores, onde também se encontra localizado o primeiro telescópio português dedicado a operações de vigilância espacial, que entrou em funcionamento em outubro de 2020.
O projeto SST é um programa europeu que tem como objetivo a monitorização, caracterização e seguimento dos objetos na proximidade da Terra, que possam constituir um perigo real, quer para as infraestruturas em sua órbita, como os satélites, quer para a segurança dos cidadãos.
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