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Portugal dá apoio a populações afetadas por cheias em Timor-Leste

Portugal entregou hoje ajuda de emergência às autoridades timorenses após as cheias que afetaram Timor-Leste, mas espera a avaliação final das necessidades de para determinar mais apoio e assistência a fornecer, disse à Lusa o embaixador em Díli.

Portugal dá apoio a populações afetadas por cheias em Timor-Leste
Notícias ao Minuto

09:41 - 15/04/21 por Lusa

País Timor-Leste

"Portugal realocou algumas verbas afetas a outras atividades para prestar esta ajuda direta de primeira necessidade aos desalojados. E Portugal estará disponível para apoiar Timor-Leste sobre as necessidades a médio e longo prazo essa fase de recuperação e reconstrução", disse à Lusa José Pedro Machado Vieira.

Desde as cheias de 04 de abril, a cooperação portuguesa em Timor-Leste tem vindo a canalizar alimentos e outros bens essenciais para algumas dos milhares de famílias deslocadas.

Para isso, a cooperação portuguesa "reafetou verbas para acudir aos milhares de desalojados, em resposta à situação de emergência".

Bens de primeira necessidade, alimentares e não alimentares, foram já entregues por José Pedro Machado Vieira ao vice-ministro do Interior e ao secretário de Estado da Proteção Civil.

O diplomata falava à Lusa depois de entregar ao reitor da Universidade Nacional Timor Lorosa'e (UNTL), João Martins, 200 sacos de arroz e outros produtos alimentares para apoiar alunos carenciados.

Sem precedentes em várias décadas, as cheias que assolaram Timor-Leste causaram pelo menos 36 mortos e 10 desaparecidos, segundo o balanço mais recente, afetando mais de 25 mil famílias em todo o país e destruindo infraestruturas públicas e centenas de casas.

Mais de 12 mil pessoas continuam deslocadas em quase 40 centros de acolhimento temporário, com as operações de limpeza a continuarem em vários pontos da cidade onde foi levantado o confinamento obrigatório imposto devido à covid-19 para que a população possa responder à situação de calamidade.

Destacando a colaboração com as autoridades timorenses, e com entidades como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Fundo das Nações Unidas para a infância (Unicef), o diploma disse que o apoio continuará a dar dado esta semana, estando ainda entre as atividades previstas estão ainda ações ludo-pedagógicas com professores portugueses voluntários em locais de desalojados.

José Martins, por seu lado, agradeceu o apoio dado por Portugal, que se soma à assistência dada pelo Governo e outras entidades a mais de 3.000 alunos da UNTL afetados.

"Temos mais de 3.000 alunos afetados por essas cheias e que já estavam em situação muito difícil. Muitos querem voltar aos municípios e esses são os mais afetados", disse.

A situação dos jovens, especialmente os de fora de Díli, já era complexa devido à cerca sanitária imposta por causa da covid-19, sem terem acesso a alimentos e apoio das famílias.

No sábado, o embaixador visitou cinco instalações do Ministério da Educação a funcionar como centros de acolhimento para os desalojados, levando, além de outros bens essenciais, livros, materiais didáticos e alguns brinquedos para o grande número de crianças aí deslocadas.

"Estes materiais destinam-se à criação de um espaço recreativo e educativo, a dinamizar por professores voluntários, enquanto se mantiver o funcionamento daqueles Centros de Acolhimento", explica-se numa nota da cooperação portuguesa.

Esta semana, a cooperação portuguesa contribuiu para uma iniciativa da Escola Portuguesa de Díli, que está a fornecer uma refeição quente diária a uma centena de crianças desalojadas, durante 10 dias, bem como em colaboração com o PNUD para garantir o abastecimento de água potável a populações isoladas, nomeadamente na zona de Tasi Tolu.

"Com a sua posterior distribuição, de acordo com as necessidades que venham a ser diagnosticadas pela Proteção Civil, estes bens - colchões, panelas, pratos, talheres, óleo vegetal e alimentos enlatados - permitirão o regresso às suas casas, após limpezas e reconstrução, de centenas de famílias", explica.

Igualmente prevista para esta semana está a visita a mais dois Centros de Acolhimento, instalados em escolas do ensino secundário público, "para distribuição de bens essenciais e material didático e lúdico para crianças".

As ações, financiadas pelo Camões, I.P., somam-se a várias iniciativas de solidariedade de cidadãos portugueses em Timor-Leste, que têm apoiado as vítimas das cheias, doando bens essenciais ou colaborando na preparação e distribuição de comida e outros produtos.

Leia Também: Timor-Leste altera regime de aprovisionamento para responder a calamidade

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