PCP quer explicações sobre atraso na integração de investigadores do IPMA
O PCP pediu hoje explicações ao Governo sobre o atraso de dois anos na integração de 25 investigadores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), ao abrigo do PREVPAP, programa de regularização na administração pública.
© Global Imagens
País IPMA
Numa pergunta enviada, através do parlamento, ao ministro do Mar, a bancada comunista alegou que chegaram ao PCP informações de que há "ainda 25 investigadores 'à deriva'", com "processo homologado em 2018" e que "ainda não foram integrados" através do Programa Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP).
"Esta é uma situação inaceitável e profundamente injusta para quem há anos trabalha com vínculo precário e cuja precariedade foi reconhecida, mas ainda não regularizada", lê-se na pergunta.
O PCP "defende que a luta contra a precariedade não pode deixar para trás trabalhadores que têm desempenhado há anos a fio funções imprescindíveis nos laboratórios do Estado e que têm direito a um vínculo estável".
A bancada comunista quer saber porque não foram integrados e que "medidas urgentes" vai o executivo adotar para a regularização os vínculos precários destes investigadores.
Também hoje, o PCP enviou duas perguntas, uma ao Ministério do Trabalho e outra ao Ministério da Cultura, sobre o noticiado despedimento coletivo de 26 trabalhadores no grupo de media Confina.
Na pergunta, os comunistas recordam que, em 2017, a Cofina avançou com o despedimento de cerca de 100 trabalhadores, tendo registado, em 2020, 5,5 milhões de euros em lucros recorrentes. E recebeu "1,7 milhões de euros do Estado no âmbito da compra antecipada de publicidade institucional", decidida pelo Governo como resposta à crise causada pela pandemia de covid-19.
A deputada Diana Ferreira quer saber "quando foi feita a transferência da verba de 1,7 milhões de euros para a Cofina" e que "análise faz o Governo da situação face à entrega desta verba e posterior despedimento de 26 trabalhadores" neste grupo.
Detentora de várias publicações, como o Correio da Manhã, o Record, o Jornal de Negócios, a revista Sábado e a TV Guia, e do canal televisivo CMTV, a Cofina Media contava, em março, com um total de 656 trabalhadores.
A agência Lusa noticiou na segunda-feira que a Cofina Media vai avançar com um despedimento coletivo que envolve 26 postos de trabalho.
Na carta enviada aos trabalhadores visados, a que a Lusa teve acesso, o grupo refere que o processo "implicará a cessação de 26 contratos de trabalho e fundamenta-se em motivos de mercado e estruturais, mais precisamente na redução da atividade da empresa e na consequente necessidade de proceder à reestruturação da sua organização produtiva".
O despedimento afeta a área do tratamento de imagem, onde serão extintos cinco postos de trabalho, abrange ainda cinco revisores, quatro jornalistas, quatro documentalistas, um fotojornalista e um coordenador geral de fotografia. Serão ainda extintos postos de trabalho na direção comercial.
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