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Mulher confessa ter vendido recheio de casas arrendadas para sobreviver

Uma mulher de 44 anos confessou hoje no Tribunal de Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, ter vendido bens de apartamentos que arrendou para poder sobreviver e conseguir a guarda partilhada de um filho menor.

Mulher confessa ter vendido recheio de casas arrendadas para sobreviver
Notícias ao Minuto

17:30 - 09/04/21 por Lusa

País Santa Maria da Feira

"Não olhei a meios para atingir os fins e fi-lo da forma mais errada possível", disse a arguida, durante a primeira sessão do julgamento, onde responde por um crime de burla, um crime de abuso de confiança e dois crimes de falsificação de documento.

A mulher, uma professora do ensino secundário que disse estar atualmente a trabalhar em limpezas, confessou na íntegra e sem reservas os factos descritos na acusação, explicando que vendeu o recheio para pagar as rendas e comprar comida para os dois filhos de oito meses e 11 anos.

"Naquela altura não tinha discernimento. Fi-lo por dois filhos e por uma necessidade enorme de sobrevivência", afirmou a arguida, mostrando-se arrependida.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a mulher arrendou um apartamento em Santa Maria da Feira, em janeiro de 2017, indicando como fiador o seu ex-companheiro e fez o contrato para o fornecimento de água no nome daquele, sem o seu consentimento.

Nas duas situações, a arguida terá falsificado a assinatura do ex-companheiro.

O MP diz ainda que entre março e julho de 2017, a arguida retirou da referida habitação e levou consigo para parte incerta os móveis de cozinha e diversos eletrodomésticos, no valor de três mil, quatrocentos e trinta e cinco euros.

A mulher está ainda acusada de ter vendido uma placa de fogão que tinha retirado de uma outra habitação, onde tinha estado a viver com o ex-companheiro em Ovar.

A arguida já foi julgada e condenada no Tribunal de Ovar por um crime de abuso de confiança, por se ter apropriado de alguns objetos desta habitação, tendo-os vendido em proveito próprio.

Leia Também: Sete anos de prisão para assaltante de instituições em Aveiro e Porto

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