A Fiequimetal e os seus sindicatos com intervenção no setor farmacêutico vão contactar com os trabalhadores de 13 das principais empresas da indústria farmacêutica para os auscultar sobre os seus problemas e decidir o que fazer.
Ao início da manhã, uma delegação da Fiequimetal, liderada pelo coordenador da federação, Rogério Silva, vai estar no Cacém junto à produtora de medicamentos Sofarimex.
A Sofarimex, empresa do Grupo Azevedos, integra os órgãos sociais da associação patronal do setor, a Apifarma.
"Pretendemos denunciar que as maiores empresas deste setor, que registaram lucros colossais nos últimos anos, continuam a praticar salários baixos, coloca em evidência o facto de que parte substancial da riqueza gerada pelos trabalhadores não reverte para a valorização do trabalho", disse à agência Lusa Rogério Silva.
Segundo sindicalista, este setor de atividade "sempre passou ao lado da crise e não parou durante a pandemia, mas o salário médio ronda 800 euros, o que é um verdadeiro escândalo".
Rogério Silva considerou inaceitável a desvalorização salarial dos últimos anos e a falta de regulamentação do trabalho por turnos.
Estes temas serão discutidos durante o dia, em ações nas empresas dinamizadas pela rede de dirigentes, delegados e ativistas sindicais.
A Fiequimetal é a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, gráfica, Imprensa, Energia e Minas e é uma das principais estruturas da CGTP.
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