Português detido na África do Sul por fraude e corrupção de 7,5 milhões
Um empresário português de 62 anos foi preso pela polícia de investigação criminal no leste de Joanesburgo por suspeitas de fraude e corrupção no valor de 130 milhões de rands (7,5 milhões de euros), disse hoje à Lusa fonte da Polícia sul-africana.
© Reuters
País Corrupção
"A equipa de Investigação de Crimes Comerciais Graves Hawks, em Germiston, prendeu um homem de 62 anos por alegada fraude e corrupção envolvendo cerca de 130 milhões de rands (7,5 milhões de euros) num esquema de licitação", referiu à Lusa a porta-voz policial Ndivhuwo Mulamu.
A porta-voz policial sul-africana salientou que o empresário português se entregou às autoridades de investigação criminal, em Germiston, leste de Joanesburgo, na terça-feira, 30 de março, acompanhado de um advogado, tendo sido posteriormente acusado de fraude e corrupção.
Ndivhuwo Mulamu adiantou à Lusa que o suspeito, diretor da empresa de IT, Cornerstone & Blue Kit, "alegadamente inflacionou faturas comerciais que resultaram em prejuízos de cerca de 130 milhões de rands para a operadora de telefonia móvel sul-africana, Cell C, durante o período de 2012 e 2019".
Segundo o processo consultado pela Lusa, o suspeito tem também nacionalidade sul-africana.
A polícia sul-africana deteve ainda três outros indivíduos homens, já libertados sob fiança, "que juntamente com o empresário português inflacionaram taxas de serviços de IT requeridos pela operadora Cell C", segundo a porta-voz policial.
No mesmo dia da sua prisão, referiu a mesma fonte, o Tribunal de Crimes Comerciais, em Palm Ridge, leste da capital sul-africana, concedeu liberdade condicional ao suspeito português mediante o pagamento de uma fiança de 50.000 rands (2.900 euros), tendo adiado o caso para 14 de abril de 2021, onde o empresário comparecerá juntamente com os coarguidos no processo, afirmou à Lusa a porta-voz policial sul-africana.
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