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Açores querem "centrar esforços no combate" às alterações climáticas

O secretário do Ambiente e Alterações Climáticas dos Açores, Alonso Miguel, disse hoje que o executivo vai "centrar esforços no combate às alterações climáticas", tendo aquela secretaria uma dotação de 19 milhões de euros no Orçamento da região para 2021.

Açores querem "centrar esforços no combate" às alterações climáticas
Notícias ao Minuto

20:35 - 30/03/21 por Lusa

País Açores

O governante falava hoje na comissão permanente de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, na Assembleia Legislativa dos Açores, na cidade da Horta, tendo referido que os 19 milhões de euros de investimento já incluem o valor das obras públicas.

Segundo Alonso Miguel, o Plano e Orçamento para 2021 "centra-se em aspetos que são fundamentais como a adaptação às alterações climáticas, como a promoção da qualidade ambiental, a melhoria de gestão de resíduos, a proteção da natureza, da biodiversidade e a gestão dos recursos".

E prosseguiu: "Neste quadro, o Governo Regional vai centrar esforços no combate às alterações climáticas, de forma a poder preparar a nossa região para essa nova realidade, consciencializar as populações de forma a salvaguardar os nossos recursos".

O secretário regional destacou a implementação do programa Life IP Climaz, que será "fundamental para o programa regional contra as alterações climáticas".

Segundo disse, aquele programa, criado pelo anterior Governo Regional, do PS, terá um prazo de 10 anos e um investimento de 19,8 milhões de euros.

O deputado do PSD Luís Soares solicitou um "ponto de situação" sobre o centro de interpretação do Algar do Carvão, na Terceira, tendo Alonso Miguel referido que o projeto estará concluído "até ao final de 2022".

O deputado do BE António Lima questionou o secretário regional acerca das medidas para que as ilhas de São Miguel e da Terceira cumpram as metas de reciclagem.

Na resposta, Alonso Miguel referiu que foram adquiridos 1.000 contentores de recolha de biorresíduos para aquelas ilhas.

A socialista Valdemira Gouveia interrogou o governante sobre o plano para que a indústria agropecuária nos Açores consiga "reduzir a pegada ecológica", defendendo que não se pode "negligenciar" os efeitos da indústria alimentar nas alterações climáticas.

Pedro Neves, do PAN, criticou a ausência de propostas para a redução das emissões da agropecuária, referindo que se a Secretaria das Alterações Climáticas não tiver uma "atuação transversal" a todo o executivo, não passa de um "'flop'" e o secretário de um "'poster'".

Em resposta, Alonso Miguel disse ser "óbvio" que a agropecuária é "geradora de emissões de gases de efeito estufa", mas ressalvou ser necessário um "equilíbrio" porque a "agricultura vai continuar a ser a base da economia" açoriana.

Durante esta semana decorrem, na cidade da Horta, as audições aos membros do Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP/PPM (com o apoio parlamentar do Chega e Iniciativa Liberal), no âmbito do Plano e Orçamento da região para 2021.

Este é o primeiro Plano e Orçamento do executivo açoriano liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro.

A proposta de Orçamento dos Açores para este ano é de cerca de 1.900 milhões de euros, dos quais 165,7 milhões destinados ao transporte aéreo e à reestruturação da SATA.

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