Associação denuncia morte de animais em "poços a céu aberto" em Esposende
"Não se pode admitir que dezenas de animais tenham uma morte lenta em poços ilegais que se sabe estão espalhados por todo o concelho", refere a Associação Cidadãos de Esposende.
© Divulgação / Associação Cidadãos de Esposende
País Animais
A Associação Cidadãos de Esposende denunciou, esta segunda-feira, num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, a morte de dezenas de animais em poços a céu aberto na cidade do distrito de Braga. "Depois de no passado dia 10 de março ter alertado para os poços a céu aberto em Esposende a associação foi 'inundada' com imagens e vídeos que chocaram os seus responsáveis", começa por explicar.
Neste seguimento, a Associação indica que "dezenas de animais mortos, muitos deles em elevado estado de putrefação caíram nos poços a céu aberto em Esposende".
Depois de receber imagens e vídeos "chocantes", o grupo quer agora apurar quantos são, no total, os poços a céu aberto no concelho. "Não se pode admitir que dezenas de animais tenham uma morte lenta em poços ilegais que se sabe estão espalhados por todo o concelho. Isto deve terminar, há que assumir uma postura diferente e passar para o terreno, solucionando um problema que se arrasta há demasiado tempo", alertam os responsáveis da associação.
Para estes, "o tempo de esperar terminou" e é "hora de agir", defendendo "a população e os animais". A Associação refere ainda que já apresentou queixa junto do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) e da Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), assim como da Comissão Europeia e da World Animal Protection.
Na passada sexta-feira, o PCP de Esposende recordou a existência de poços "sem qualquer proteção" no concelho, lembrando que é uma situação denunciada há 15 anos e que, embora a autarquia tenha sinalizado 400 daqueles buracos, "nada mais aconteceu".
Em comunicado enviado à Lusa, o PCP do frisou ainda que propôs na Assembleia Municipal a elaboração de uma carta de risco municipal, "com uma feição marcadamente preventiva, mas que contemplasse também estratégias de atuação/intervenção em caso de emergência/catástrofe", proposta que foi recusada.
Segundo explica o texto, "durante muitos anos, a intensa atividade agrícola, marcada, designadamente pela produção de produtos hortícolas, levou à abertura de muitos poços como forma de assegurar o regadio das culturas com particular enfoque nos campos localizados na faixa mais litoral do concelho".
"Com o definhar da agricultura e o consequente abandono da terra, muitos destes poços deixaram de ser utilizados. Durante muito tempo, e até aos dias de hoje, muitos deles, cobertos pela vegetação que cresce, têm constituído um verdadeiro perigo", apontou.
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