IPO de Lisboa realiza cirurgia inovadora em caso de cancro na bexiga
Equipa médica realizou, pela primeira vez, uma cistoprostatectomia radical - remoção da bexiga, próstata e gânglios pélvicos - por via laparoscópica.
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País Cancro
Uma equipa de médicos do Serviço de Urologia do IPO Lisboa realizou, pela primeira vez, uma cistoprostatectomia radical - remoção da bexiga, próstata e gânglios pélvicos - por via laparoscópica num doente com tumor da bexiga.
A cirurgia foi realizada no passado dia 19 de março, num homem de 65 anos com tumor da bexiga localizado e não tratável por via endoscópica (através da uretra), a abordagem convencional neste tipo de tumores.
Em comunicado, o IPO de Lisboa refere que o "doente encontra-se bem".
"Esta cirurgia implica a remoção da bexiga e a construção de um canal, utilizando ansas de intestino, que fica ligado à pele através de um estoma, para eliminação da urina (urostomia). A visualização em alta definição, com torres de imagem com grandes ecrãs 3D, permite uma cirurgia de maior precisão e com a sensação de imersão no interior do doente. A abordagem laparoscópica possibilita que toda a equipa acompanhe o cirurgião nos passos da cirurgia, o que não é possível na cirurgia aberta", explica Rodrigo Ramos, o médico urologista que integrou a equipa de três cirurgiões, dois anestesistas, quatro enfermeiros e dois assistentes operacionais.
O procedimento é realizado através de quatro pequenas incisões (portas) localizadas na proximidade do umbigo, que permitem o acesso de uma câmara de 3D e dos instrumentos cirúrgicos.
Este procedimento realiza-se em poucos centros e só pode ser executado por equipas médicas muito treinadas.
Geralmente, o cancro da bexiga é mais agressivo do que o cancro da próstata e a cirurgia da bexiga também é mais complexa e invasiva para os doentes, com pós-operatórios longos e difíceis e complicações mais frequentes, que afetam cerca de 25 por cento dos doentes.
As vantagens da abordagem laparoscópica são várias: "É menos invasiva do que a cirurgia convencional, tem menos complicações no pós-operatório e permite uma recuperação mais rápida dos doentes, com internamentos mais curtos", adianta Rodrigo Ramos.
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