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CDS defende decisão sobre as autárquicas "mais perto do verão"

O CDS-PP considera que "deve estar em cima da mesa" a possibilidade de as eleições autárquicas se realizarem em dois fins de semana, como admitido pelo Governo, mas defende que a decisão deve ser tomada "mais perto do verão".

CDS defende decisão sobre as autárquicas "mais perto do verão"
Notícias ao Minuto

15:24 - 19/03/21 por Lusa

País Autárquica

"O CDS acha que é uma proposta que devemos equacionar, portanto, deve estar em cima da mesa, assim como por exemplo o ato eleitoral poder realizar-se nos dois dias seguidos, tanto no dia de reflexão e no domingo", afirmou o secretário-geral do CDS-PP, Francisco Tavares, em declarações à agência Lusa.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita admitiu, em entrevista à agência Lusa divulgada esta sexta-feira, a possibilidade de as eleições autárquicas, previstas para setembro ou outubro, se realizarem em dois fins de semana devido à pandemia de covid-19.

Para o CDS, a afluência às urnas "nas autárquicas é efetivamente uma preocupação", tal como foi nas eleições regionais dos Açores e nas presidenciais, os dois atos eleitorais que decorreram em período de pandemia.

No entanto, o secretário-geral centrista defendeu que é prematuro tomar agora uma decisão sobre as eleições para as autarquias locais e considerou que "deve ser decidido como atuar para garantir a segurança dos portugueses", através da adoção desta medida "e outras", na "altura certa".

"Nenhuma decisão deve ser tomada agora, devem ser sim equacionadas todas as situações possíveis e todas as propostas possíveis mas essa decisão deve ser tomada em tempo próprio, nomeadamente mais perto do verão", advogou.

Francisco Tavares justificou que é necessário ter "duas informações importantíssimas", que se prendem com a evolução da pandemia e as previsões dos especialistas quanto ao que "poderá acontecer no mês em que for equacionado o ato eleitoral", bem como evolução do plano de vacinação e a possibilidade de o país alcançar imunidade de grupo.

"Estamos a sete meses desse período, é muito tempo para conseguirmos ter uma previsão acertada. Achamos que neste momento é altura de planear, de equacionar essas soluções, mas que essas decisões devem ser tomadas mais perto do verão com mais dados sobre a pandemia", frisou.

"Mas ficamos bastante satisfeitos de finalmente o Governo não correr atrás do prejuízo e atempadamente pensar em soluções para atuar", saliento ainda o dirigente.

Francisco Tavares saudou o executivo de António Costa por "começar a planear" e "não cair nos erros do passado, antecipar qualquer crise que possa existir e garantir a segurança dos portugueses e do próprio ato eleitoral".

Em entrevista à agência Lusa, Eduardo Cabrita disse que nas eleições autárquicas "não está previsto o voto antecipado", mas existe "abertura para ponderar modelos", sendo "a distribuição do voto entre dois fins de semana perfeitamente possível".

Ressalvando que "tudo depende da Assembleia da República", o governante explicou que, nas eleições autárquicas, "não é possível o voto em mobilidade porque isso implicaria ter tantos boletins de voto disponíveis quantas as três mil freguesias que existem no país e, portanto, seria uma operação logística impossível".

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