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"Só descansaremos quando raparigas e rapazes puderem ser o que desejam"

Mariana Vieira da Silva defendeu que são necessárias medidas políticas para combater as desigualdades de género, acentuadas durante a pandemia da Covid-19.

"Só descansaremos quando raparigas e rapazes puderem ser o que desejam"
Notícias ao Minuto

08:19 - 08/03/21 por Notícias ao Minuto

País Mariana Vieira da Silva

A ministra de Estado e da Presidência esteve na noite deste domingo na SIC Notícias, onde falou sobre a desigualdade de género, no âmbito do Dia da Mulher, que hoje, dia 8 de março, se comemora.

Mariana Vieira da Silva começou por dizer que é fundamental reconhecer que uma crise da dimensão da que estamos a viver tem impactos diferentes entre homens e mulheres e que é necessário tornar o problema “visível” para que este tenha resposta.

Na mesma senda, a governante considerou que a crise provocou um recuo no caminho que tem vindo a ser feito pela igualdade, explicando que, por exemplo, os setores mais afetados pela pandemia, como por exemplo a restauração e a hotelaria, são serviços onde o sexo feminino está em maior número.

Durante a mesma entrevista, Mariana Vieira da Silva refutou a ideia de que esta é uma crise de mulheres. Contudo, admitiu que as crises “ afetam sempre aqueles que já estavam mais frágeis” e as mulheres já estavam numa posição mais vulnerável antes da pandemia da Covid-19, por isso, “era expectável” que fossem o género mais atingido pela instabilidade económica.

“Esta crise terá um impacto que nós estaremos aqui muitos anos a vivê-lo. Um impacto económico, um impacto social, um impacto cultural, muito significativo. Todas as crises afetam os mais frágeis e afetam sempre aqueles que já estavam mais vulneráveis e quem estava mais vulnerável no mercado de trabalho, quem estava mais vulnerável nas horas trabalhadas em casa, no trabalho não pago eram as mulheres, por isso, é natural e era expectável que assim acontecesse”, clarificou.

Perante isto, a ministra defendeu que são necessárias medidas para combater estas desigualdades.

“O que não podemos é deixar que uma crise com a dimensão da que estamos a viver ponha em causa um caminho de muitos anos, por exemplo, na ocupação de lugares de chefia das empresas e quem não está é mais fácil afastar dos lugares de decisão. Por isso, é preciso termos aqui políticas concretas que possam ser definidas para corrigir esta situação”, afirmou, acrescentando que “só podemos descansar quando todas as raparigas e rapazes possam ser o que desejam”.

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