PCP está preocupado com "défice de militares" da GNR em Castelo Branco
O PCP está preocupado com o "agravar do défice" de operacionais da GNR de Castelo Branco, onde, no último ano, afirma, cerca de 50 militares passaram à reserva e apenas 30 entraram para a corporação.
© Global Imagens/Nuno Pinto Fernandes
País GNR
"Estima-se que as necessidades de efetivo, para cumprir o volume de trabalho respeitando as regras e horários de trabalho e descanso, rodem mais 200 militares", refere, em comunicado enviado à agência Lusa, o PCP de Castelo Branco.
Uma delegação da direção da organização regional do PCP de Castelo Branco (DORCB) reuniu recentemente com o Comando Distrital de Castelo Branco da GNR, pedido esse que foi feito após o encerramento de 10 postos da GNR no distrito e as consequentes iniciativas de questionamento do Governo por parte do partido.
Segundo os comunistas, o encontro teve como objetivo "aprofundar o conhecimento sobre a situação desta força de segurança e dos problemas que enfrenta" e, durante a reunião, "foi possível confirmar o défice de militares no distrito [Castelo Branco]".
"No último ano, no distrito, saíram cerca de 50 militares para a reserva e apenas entraram 30, o que veio agravar um défice que se arrasta há vários anos. Este problema é agravado pelo envelhecimento do corpo no distrito, cerca de 40% têm mais de 50 anos", lê-se na nota.
O PCP defende que só com reforço de efetivos "é possível aumentar o patrulhamento e a interação com as populações, sem encerramento de postos que têm um papel de proximidade e acessibilidade que não pode ser desvalorizado, numa zona desertificada em que têm ocorrido muitos encerramentos de estruturas públicas".
Sobre a suspensão de 10 postos de atendimento reduzido da GNR no distrito de Castelo Branco, os comunistas notam que foi reafirmada a intenção de reabertura desses postos.
"Foram manifestadas preocupações com as condições de vários postos da GNR, em particular o do Fundão, que gera preocupações e que, apesar de existir projeto, ainda não avançou. Os postos de Unhais da Serra e o de Paul estão em condições deploráveis, o primeiro já tem uma solução prevista e o segundo tem projeto aprovado sem calendário de execução. Também o posto de Tortosendo tem projeto aprovado. Foi ainda reafirmada a intenção de recuperação do posto de Vila Velha de Ródão, após queda do telhado", sustentam os comunistas.
A delegação do PCP manifesta preocupação com as condições de trabalho nestes postos e com a transferência para as autarquias de competências nestas matérias, "que desresponsabilizam o Estado Central, potenciam desigualdades e pressionam ainda mais os orçamentos municipais".
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