Câmara de Lisboa aprova voto de pesar pela morte de Marcelino da Mata
A Câmara Municipal de Lisboa aprovou hoje por maioria um voto de pesar pela morte do tenente-coronel Marcelino da Mata, que faleceu aos 80 anos vítima de covid-19.
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País Marcelino da Mata
O documento, apreciado em reunião pública da autarquia, teve os votos a favor de CDS-PP, PSD e PS, a abstenção da vereadora socialista Catarina Vaz Pinto e os votos contra de BE e PCP, do vice-presidente da Câmara de Lisboa, João Paulo Saraiva, e da vereadora Paula Marques (Cidadãos por Lisboa, eleitos na lista do PS).
O voto de pesar apresentado pelo CDS-PP recorda alguns dos feitos militares de Marcelino de Mata, entre os quais "o resgate de pilotos portugueses que caíram em território inimigo, a libertação de prisioneiros de guerra em territórios e Estados que apoiavam os movimentos de libertação ou as operações que romperam o cerco a quartéis e tabancas permitindo o reabastecimento e o salvamento de militares portugueses e da população local".
Marcelino da Mata, que morreu em 11 de fevereiro, era o mais condecorado militar do Exército português e serviu em mais de 2.000 operações na Guerra Colonial.
No pós-25 de Abril de 1974 foi detido e torturado por elementos da extrema-esquerda, exilando-se em seguida em Espanha até ao contragolpe do 25 de Novembro de 1975 (que acabou com o PREC - Processo Revolucionário Em Curso).
O combatente português foi depois proibido de entrar em território da independente Guiné-Bissau, sua terra natal.
O comando luso foi armado cavaleiro da "Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito", em 1969. Subiu sucessivamente de patente, desde soldado a major e reformou-se em 1980, tendo sido ainda promovido a tenente-coronel em 1994.
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