O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou, durante uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, que a IGAI apresentou no início de fevereiro o plano de prevenção de manifestações de discriminação nas forças e serviços de segurança, estando o documento neste momento em avaliação política.
Segundo Eduardo Cabrita, o plano "traduzir-se-á em medidas de combate à discriminação e de prevenção" no recrutamento, na formação, na interação com os cidadãos e na promoção da própria imagem das forças de segurança.
O ministro especificou que o plano "estabelece uma estratégia global em cinco áreas de intervenção em que esta dimensão de combate à discriminação e de prevenção de fenómenos de radicalização deve ser ativamente prosseguido".
Entre as áreas de intervenção está, de acordo com o governante, o recrutamento de novos polícias, formação, mecanismos preventivos de monitorização de manifestações de discriminação, fórmulas de interação na relação com os cidadãos e com outros elementos das forças e serviços de segurança, designadamente através das redes sociais, e a própria imagem das polícias.
O plano foi lançado pela IGAI em julho do ano passado junto dos diretores da PSP, GNR e SEF e na altura foi anunciado que os elementos da forças e serviços de segurança que escrevam comentários de natureza racista, xenófoba ou qualquer outro tipo de discriminação nas redes sociais vão passar a ser mais fiscalizados e sancionados.
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