Jovem que esfaqueou colegas condenado a internamento
O jovem que esfaqueou três colegas e uma funcionária numa escola de Massamá, no concelho de Sintra, foi condenado a 30 meses de internamento em regime fechado por três crimes de homicídio qualificado na forma tentada e um crime de detenção de arma proibida.
© DR
País Massamá
O jovem de 16 anos que em outubro do ano passado esfaqueou três colegas e uma funcionária na Escola Secundária Stuart Carvalhais em Massamá, no concelho de Sintra, foi hoje condenado.
O Tribunal de Família e Menores de Sintra condenou o adolescente a dois anos e meio de internamento em regime fechado por três crimes de homicídio qualificado na forma tentada e um crime de detenção de arma proibida.
À saída da sala de audiências o advogado do jovem, Pedro Proença, assegurou que vai solicitar a transferência do adolescente para um centro educativo na zona de residência dos pais, pois apesar de ter sido condenado a regime fechado, o jovem pode receber visitas, mas apenas dos pais.
“Há aqui a questão relacionada com a distância. O jovem está a 200 quilómetros da família. Não é fácil para os pais estarem com ele. Vou solicitar que seja reencaminhado para um centro de educação mais perto dos pais”, começou por dizer o advogado.
Para Pedro Proença, houve “indícios que revelam que o menor tem condições de evolução positiva se for devidamente acompanhado” e, por isso, garantiu que estar “convicto de que o menor, pelas respostas positivas que está a dar, dentro de três ou quatro meses tenha a possibilidade de cumprir o resto da pena em regime semiaberto”.
Com este regime semiaberto, explicou o advogado, o jovem permanecerá no centro educativo, mas poderá frequentar a casa dos pais e até uma escola fora do centro “sempre sob supervisão”.
O advogado garantiu que na “perspetiva da defesa não há tentativa de homicídio pois todas as testemunhas foram claras ao dizer que o menor desistiu de prosseguir a intenção de matar”.
Este caso remonta a 14 de outubro do ano passado quando o jovem, munido com duas facas de cozinha e um spray de gás pimenta, entrou na escola e, segundo a PSP, terá feito explodir um ‘very light’ num dos pavilhões da escola. O pânico gerado levou à saída de alunos, professores e funcionários, altura que o jovem aproveitou para desferir vários golpes com as facas em três colegas e uma funcionária.
Fontes policiais garantiram, na altura dos factos, que encontraram uma folha na mochila do jovem onde este teria descrito o seu objetivo: o de matar pelo menos 60 pessoas, imitando os massacres que já aconteceram em escolas dos Estados Unidos.
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