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Óbito/Salgado de Matos: João Soares lembra prisão pela PIDE em 1965

O antigo ministro e dirigente socialista João Soares lamentou hoje a morte do jurista, sociólogo e investigador Luís Salgado de Matos, lembrando a sua prisão pela PIDE em 1965 quando era estudante de Direito.

Óbito/Salgado de Matos: João Soares lembra prisão pela PIDE em 1965
Notícias ao Minuto

13:33 - 16/02/21 por Lusa

País Homenagem

"Acabo de receber a notícia triste da morte do meu velho amigo Luís Filipe Salgado Matos. Conhecemo-nos há muitos, muitos anos. Fomos contemporâneos no Colégio Moderno e na Faculdade de Direito de Lisboa. Seu pai era grande amigo do meu avô João Soares", escreveu João Soares na rede social Facebook.

Nesta mensagem, o antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa assinala a oposição de Salgado de Matos ao regime do Estado Novo, lembrando que "foi um dos numerosos estudantes universitários presos pela PIDE em 1965".

"Professor catedrático no ISCTE. Respeitado especialista em Igreja e Forças Armadas. Autor da interessante biografia de Gonçalves Cerejeira", acrescenta João Soares, apresentando "sentidos pêsames à viúva, filha e restante família".

Luís Salgado de Matos, jurista, sociólogo e investigador jubilado do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa morreu na segunda-feira, vítima de doença prolongada, disse hoje à agência Lusa fonte da família.

Nascido em Lisboa em 1946, Luís Salgado de Matos era licenciado em Direito e doutorado em Sociologia Política pela Universidade de Lisboa.

Foi secretário de Estado da Economia do Governo de Transição de Moçambique (1974-1975), consultor do ministro da Defesa Nacional, Júlio Castro Caldas, no segundo Governo liderado por António Guterres (1999-2001), e consultor e do antigo Presidente da República, Jorge Sampaio (2001-2006).

Luís Salgado de Matos foi também diretor do Jornal do Comércio (1975-1976), presidente do Instituto Português de Cinema, presidente da administração do Teatro São Carlos e administrador do Porto de Lisboa (1983-1993).

Na sua obra publicada, têm especial relevo os domínios das relações entre o Estado e a Igreja e do papel político das Forças Armadas, destacando-se "O Estado de Ordens" (2004), "Como evitar golpes militares" (2008), "A separação do Estado e da Igreja" (2011) e "Cardeal Cerejeira" (2018).

É ainda autor do romance "Dra. Helena" (1990), prémio de manuscritos do Diário de Notícias.

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