Sindicato pondera prolongar greve nas escolas para a próxima semana
A greve nacional dos profissionais de educação poderá continuar na próxima semana, revelou hoje o representante do sindicato que convocou a paralisação destinada a "proteger quem se sinta inseguro em regressar às escolas".
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País Greve
Termina hoje a semana de greve convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P), que tinha como principal objetivo permitir aos trabalhadores que fossem chamados para as escolas de acolhimento recusar-se a ir trabalhar "caso sentissem que a sua saúde estava em perigo por falta de condições dos estabelecimentos de ensino", contou à Lusa o coordenador do sindicato.
André Pestana revelou à Lusa que, durante o fim de semana, o sindicato vai ponderar prolongar a greve para a próxima semana, tendo em conta "os inúmeros pedidos de trabalhadores" para que se mantenha.
Tendo em conta as novas variantes do vírus e o facto de a maioria dos profissionais escolares serem um grupo envelhecido, a greve é uma "ferramenta que protege quem se sente inseguro em ir trabalhar para a escola", explicou.
André Pestana admitiu que na grande maioria das cerca de 700 escolas de acolhimento "tem imperado o bomsenso" no momento de selecionar quem deve ir trabalhar presencialmente.
No entanto, diz ouvir relatos de "colegas que continuam a ser chamados para irtrabalhar em escolas que não estão preparadas, porque não há separadores entre alunos e professores ou porque consideram que a higienização dos espaços é insuficiente".
O sindicalista diz ser difícil fazer um balanço da primeira semana de greve.
"Esta greve é diferente de todas as outras, porque não pretende parar escolas ou suspender o ensino à distância, serve sim para dar uma ferramenta e salvaguardar esse direito dos trabalhadores", sublinhou André Pestana, considerando que basta terem aderido "10 ou 20 pessoas para já ter valido a pena".
O protesto tem também como objetivo alertar para outros problemas, como a falta de equipamentos para o funcionamento do ensino à distância, professores que estão em casa a dar aulas online com filhos menores ou o facto de os docentes "serem considerados essenciais e manterem-se a trabalhar nas escolas mas depois não terem direito a integrar os grupos de vacinação".
Cerca de 1,2milhões de alunos do pré-escolar ao 12.º ano voltaram a ter aulas na segunda-feira, agora através de ensino á distância, à semelhança do que aconteceu no ano passado.
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