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Eixo Atlântico defende recurso a navios hospitais da Marinha e da Armada

O secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoan Mão, defendeu hoje o recurso aos meios da Marinha portuguesa e da Armada espanhola no combate à pandemia de covid-19, ativando-se navios hospitais de ambas para aliviar as unidades hospitalares da eurorregião.

Eixo Atlântico defende recurso a navios hospitais da Marinha e da Armada
Notícias ao Minuto

12:22 - 27/01/21 por Lusa

País Pandemia

"Que se ativem, nos dois países, protocolos que permitam que os meios das marinhas de Portugal e de Espanha ajudem a combater uma pandemia que dentro de uma semana ou dias vai agravar-se. Que enviem navios hospitalizados para o porto de mar de Viana do Castelo e para o de Vigo, para dar cobertura aos doentes quer do Norte de Portugal, quer da Galiza", afirmou hoje à agência Lusa Xoan Mao.

Segundo o secretário-geral do Eixo Atlântico, associação transfronteiriça que reúne 36 municípios do Norte de Portugal e da Galiza, esta é "uma proposta muito simples", que passa por ativar "o protocolo entre Espanha e Portugal, entre a Marinha portuguesa e a Armada espanhola".

Segundo Xoan Mão, "a situação em Portugal é de colapso e na Galiza caminha para esse cenário".

"No prazo de uma semana ou de dias, se os números continuam como estão, podemos chegar a um problema grave para uns e para outros, porque não teremos capacidade de resposta", sustentou.

De acordo com o responsável, "Espanha tem, e Portugal também terá, cinco navios cujos quartos podem ser adaptados para receberem doentes com covid-19".

"A ministra espanhola da Defesa já anunciou, no ano passado, no início da pandemia, que esses cinco barcos estariam disponíveis, já adaptados, dois quais um é porta-aviões", especificou.

Segundo Xoan Mao, "os militares portugueses e espanhóis costumam participar em missões humanitárias e já tem formação para saber atuar perante a uma pandemia".

"O problema não é só de camas, mas de profissionais de saúde que devem ser contratados ou então utilizados os profissionais de saúde militares que estejam disponíveis", referiu.

Quanto à possível transferência de doentes infetados com o novo coronavírus para unidades hospitalares das duas regiões, considerou a possibilidade uma situação "óbvia e natural".

"Os doentes portugueses têm de ter todo o tratamento que precisem na Galiza, assim como os galegos em Portugal, se fosse necessário. Já não é a primeira vez que as duas regiões colaboram, como por exemplo [aconteceu] no combate ao flagelo dos incêndios florestais", sustentou.

"Não há nenhuma dúvida sobre este assunto. Somos uma comunidade que colabora em tudo, também na luta contra as catástrofes, e a pandemia de covid-19 é uma catástrofe. Não podemos apelar às pessoas que façam compras e turismo nos dois lados da fronteira e depois quando precisamos uns dos outros as portas se fechem. Na Galiza ninguém está contra essa situação, que é lógica e natural".

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.149.818 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da Universidade Johns Hopkins, dos EUA.

Em Portugal, morreram 11.012 pessoas dos 653.878 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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