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Reorganização administrativa não era reforma de que o País precisava

O presidente cessante da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), Armando Vieira, considerou hoje que a reorganização administrativa do território não era a reforma de que o País precisava para superar a crise.

Reorganização administrativa não era reforma de que o País precisava
Notícias ao Minuto

21:57 - 31/01/14 por Lusa

País ANAFRE

Ao intervir na sessão solene de abertura do congresso da Anafre, que decorre até domingo em Aveiro, Armando Vieira (PSD) garantiu que a associação "tudo fez para evitar e inverter este caminho", não porque fosse dominada pelo "sentido de oposição cega à reforma do Estado", mas por interpretar "a vontade popular".

"O País nada ganhará com a extinção das freguesias. Não tardará a confirmação de que temos razão", frisou, reiterando que não se verificará qualquer poupança, porque as freguesias não eram a "razão e causa do desperdício".

Apesar de estarem reduzidas em número, Armando Vieira considerou que as freguesias não foram "apoucadas no desejo de servir".

"A desumanização e a indiferença não podem ocupar o lugar da solidariedade e da partilha, do trabalho prestado em regime de verdadeiro voluntariado que as freguesias promovem e que os eleitos continuam a praticar, sem se refugiarem na inconsequente inutilidade da reforma administrativa", afirmou.

Por isso, considerou que cabe à Anafre "conciliar os pressupostos que advêm das leis publicadas, com as expectativas e os anseios das populações e com a visão de um melhor e mais assertivo serviço público de proximidade", de forma a acompanhar as freguesias "nas angústias desta viragem".

O presidente cessante da associação mostrou-se convencido de que irá sempre acontecer "um futuro honroso para as freguesias", atendendo à "vontade de servir dos seus eleitos".

Durante os agradecimentos, aproveitou para relembrar aos "representantes do poder legislativo" presentes, que transmitam "aos que trabalham na casa da democracia" que a Anafre conta com a preparação das leis que ainda não tem e com a "revisão de leis inconciliáveis com a dignidade das freguesias".

Armando Vieira disse que quer passar o testemunho a "um homem das freguesias", que descreveu como sendo um "presidente de junta com larga experiência autárquica", que tem "muitas demonstrações de força".

O conselho diretivo da Anafre deve ser presidido pelo socialista Joaquim Cândido Moreira, presidente da junta de Padronelo, em Amarante, e até agora vice-presidente da associação, que mantém como um dos vice-presidentes Armando Vieira.

Tradicionalmente, a associação é dirigida por uma lista de consenso com representantes dos quatro partidos mais votados e quem preside é escolhido pelo partido com mais juntas ganhas nas autárquicas. Este ano, pela primeira vez, um independente anunciou a intenção de se candidatar, o que pode baralhar as contas à tradicional lista única.

O congresso começou com uma hora de atraso, numa altura em que cerca de um terço do auditório principal do Centro de Congressos de Aveiro estava vazio.

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