Desmantelada rede organizada que traficava meixão de Portugal para a Ásia
Autoridades portuguesas detiveram sete pessoas e apreenderam cerca de 78 mil euros em dinheiro, assim como 24 kg de marfim.
© Reuters
País Meixão
As autoridades portuguesas desmantelaram, no dia 21 de janeiro, uma rede organizada que se dedicava ao tráfico internacional de espécies protegidas entre Portugal e países asiáticos.
De acordo com a Polícia Marítima, durante a operação foram detidos sete homens, dois de nacionalidade portuguesa e cinco de nacionalidade chinesa, apreendidas seis viaturas, cerca de 78 mil euros, 10 redes de meixão, nove tanques de conservação com equipamentos de refrigeração, material destinado à preservação e tráfico da espécie por via aérea ou terrestre, telemóveis, bloqueadores de sinal, meixão, diversas armas de fogo, cartuchos, armas brancas, droga, máquinas de cortar dinheiro e 24 kg de marfim.
A operação decorreu nas zonas de Lisboa, Loures, Setúbal, Palmela, Alcácer do Sal e Vila do Conde e contou com várias forças de segurança entre as quais Polícia Marítima, PSP, ASAE, Autoridade Tributária e colaboração do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e da Europol.
Os suspeitos já foram, entretanto, presentes a tribunal para conhecerem as medidas de coação. Três deles ficaram sujeitos à medida mais pesada, a de prisão preventiva.
Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, a Polícia Marítima revela que os suspeitos estavam a ser investigados há cerca de um ano por venderem meixão a países onde esta espécie chega a ser transacionado por 6.500 euros ao quilo.
Recorde-se que a enguia europeia (espécie anguilla anguilla), cujo termo meixão designa o seu estado final da fase larvar, consta como espécie protegida na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção e a sua captura pode ser qualificada como crime de ‘Danos contra a natureza’.
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