"Vamos ter semanas difíceis pela frente, seguramente mais do que duas"
António Lacerda Sales, secretário de estado-adjunto e da Saúde, esteve na noite de quinta-feira em entrevista na TVI24.
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"A evidência científica de hoje é o erro retificado de amanhã", indicou esta quinta-feira António Lacerda Sales, em entrevista na TVI24, quando questionado sobre os avanços e recuos na ação do Governo em relação ao caminho a seguir com a pandemia.
O secretário de estado-adjunto e da Saúde, sublinhando a volatilidade da situação e aclarando que o Governo toma decisões com base em "informação rigorosa e consolidada possível", explicou que esta é altura de todos serem chamados à liça: "Convocarmos todos, partidos, oposição, todos precisamos de estarmos unidos numa altura destas".
Confrontado com as previsões de propagação do vírus [prevalência da variante mais contagiosa do SARS-CoV-2 cresceu cerca de 8% de prevalência na semana passada para cerca de 20% atualmente], Lacerda Sales não colocou de parte nenhuma previsão. "Eu acredito na ciência, espero bem que as projeções falhem, mas acredito na ciência", indicou. Falando sobre os cenários mais desanimadores: "Para nós, todos os cenários são maus".
O secretário de Estado deixou, ainda, uma palavra aos médicos, a quem "temos que agradecer". "Estaremos sempre ao lado deles".
Sobre a capacidade do sistema de saúde: "A nossa capacidade expandir-se-á até ao limite, mas em nenhum lugar do mundo o sistema é ilimitado". Neste momento, de acordo com o governante, a capacidades de cuidados intensivos no SNS está em 88%, sendo que a linha vermelha é de 85%, enquanto que na enfermaria a lotação é de 91%. O cenário, admite Lacerda Sales, "é preocupante", mas a garantia do governante é a de que estarão "ao lado dos portugueses e daqueles que sofrem com esta pandemia".
Quando o jornalista faz a ligação entre o alívio das medidas na época do Natal, o secretário de Estado repetiu que o Governo "atua em função de informação rigorosa" que está disponível à altura e citou o exemplo de países que mantiveram restrições no Natal e "também estão a ter este pico", como "a Irlanda e a República Checa, por exemplo".
"Acredito que vamos ter semanas difíceis pela frente, serão seguramente mais do que duas semanas", terminou António Lacerda Sales.
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