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Governo devia "ponderar" apoios para não penalizar famílias

O candidato presidencial João Ferreira considerou hoje que o Governo deveria "ponderar" a decisão de conceder às famílias um apoio idêntico ao que foi concedido na primeira fase do confinamento, alertando que as penalizações têm um "efeito cumulativo".

Governo devia "ponderar" apoios para não penalizar famílias
Notícias ao Minuto

18:35 - 21/01/21 por Lusa

Política Presidenciais

"Eu acho que era importante que o Governo ponderasse essa decisão, não me parece adequada uma penalização das famílias que tenham que ficar em um terço do vencimento", afirmou o candidato comunista aos jornalistas, numa curta declaração em Braga, antes de uma sessão pública no auditório da Junta de Freguesia de São Paio.

João Ferreira argumentou que a repetição dos mesmos apoios concedidos em março do ano passado às famílias, devido ao encerramento das escolas, "ignora o efeito cumulativo deste tipo de cortes no vencimento das pessoas".

"As pessoas no primeiro confinamento de facto tiveram de fazer face a situações como esta, diminuindo os seus rendimentos, aumentando as dificuldades financeiras das famílias. Ora isto não é só a mesma coisa que aconteceu durante o primeiro confinamento, é repetir em cima de dificuldades, somando dificuldades a dificuldades", sublinhou.

Os pais de crianças até 12 anos terão direito a faltas justificadas ao trabalho e a um apoio idêntico ao que foi dado na primeira fase do confinamento, em março, que corresponde a 66% da remuneração.

O anúncio de António Costa foi feito após a reunião do Conselho de Ministros que decidiu encerrar todas as atividades letivas a partir de sexta-feira, durante 15 dias, devido à evolução da pandemia de covid-19.

Segundo o candidato apoiado pelo PCP e PEV é ainda desejável "que estas medidas sejam aplicadas pelo tempo estritamente necessário", sendo também importante que se pense no seu impacto, não só do ponto de vista financeiro, como também nas consequências para as próprias crianças.

"É bom que o Governo ouça os epidemiologistas, os especialistas em saúde pública, é bom que ouça também os especialistas em saúde da criança, do adolescente, para perceber melhor os impactos na saúde das crianças, dos jovens, deste tipo de paragens, e como é que melhor podemos também colmatar esses impactos", alertou.

O eurodeputado e candidato à Presidência da República defendeu ainda que os apoios devem ser alargados aos profissionais em teletrabalho, já que se percebeu "durante o primeiro confinamento que não é possível trabalhar e ao mesmo tempo tomar conta dos filhos".

Hoje de manhã, João Ferreira já tinha defendido em Gaia que deviam ser pagos por inteiro os salários aos pais que tenham de ficar com os filhos devido ao encerramento das escolas.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para domingo e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

A campanha eleitoral termina na sexta-feira. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), o ex-militante do PS Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans e presidente do RIR - Reagir, Incluir, Reciclar, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

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