Ministros da Economia e do Trabalho ouvidos no parlamento sobre refinaria
Os deputados da comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação aprovaram hoje a audição do ministro da Economia e da ministra do Trabalho no parlamento sobre o encerramento da refinaria da Galp em Leça da Palmeira, Matosinhos.
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País Matosinhos
A audição do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que tinha sido requerida pelo Partido Social Democrata (PSD) e pelo Bloco de Esquerda (BE), que pediu também a audição da Sub Comissão de Trabalhadores da Petrogal da refinaria de Leça, foi aprovada durante uma reunião daquela comissão, que decorreu hoje, confirmou o vice-presidente daquela comissão parlamentar, Pedro Coimbra, à Lusa.
O deputado do Partido Socialista (PS) esclareceu ainda que os as audições deverão ser coordenadas com as comissões parlamentares de Ambiente e do Trabalho, "atendendo às matérias em causa".
Fonte oficial do PSD indicou à Lusa que as audições ainda não têm data prevista.
Em causa está o anúncio, em 23 de dezembro, de que a Galp vai concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e descontinuar a refinação em Matosinhos a partir deste ano.
A decisão afeta, segundo a empresa, 401 postos de trabalho diretos e, segundo os sindicatos, 1.000 indiretos.
O Conselho de Administração da Galp garantiu no dia 13 de janeiro que os 401 trabalhadores da refinaria de Matosinhos, que será encerrada este ano, serão ouvidos e tratados "com respeito e adiantou que há várias "caminhos possíveis" para aquelas pessoas.
"Deixar bem claro que a primeira responsabilidade em relação a estes colaboradores cabe à Galp. As pessoas serão ouvidas e todas serão tratadas com respeito e com a dignidade que se exige", garantiu José Carlos Silva, membro do Conselho de Administração da Galp, ouvido no parlamento, pela Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, a requerimento do grupo parlamentar do PS.
O responsável sublinhou que os 401 trabalhadores afetos à refinaria de Matosinhos são a "principal preocupação" da empresa e apontou que estão a ser estudadas "as melhores soluções", entre as quais a continuação de 60 trabalhadores afetos ao setor logístico e, para os restantes, estão entre os cenários em avaliação a mobilidade interna e processos de reformas e pré-reformas.
Entre os "vários caminhos possíveis", disse, está também a abertura de processos de contratação na empresa, no sentido de integrar aqueles trabalhadores noutras funções dentro do grupo Galp.
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