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Ex-PSP acusado de 36 crimes sexuais começou hoje a ser julgado

A primeira sessão do julgamento de um antigo agente da PSP acusado de 36 crimes sexuais, de que terão sido vítimas seis raparigas menores, decorreu hoje à tarde no Tribunal de Castro Daire, à porta fechada.

Ex-PSP acusado de 36 crimes sexuais começou hoje a ser julgado
Notícias ao Minuto

19:47 - 30/01/14 por Lusa

País Castro Daire

Reformado da PSP, A. Oliveira, de 71 anos, está acusado de 19 crimes de abuso sexual de crianças, 10 de recurso à prostituição de menores e outros sete de recurso à prostituição de menores agravado.

Segundo a acusação, a que a agência Lusa teve acesso, pelo menos desde 2008 que A. Oliveira abordaria as menores, aliciando-as a praticar atos sexuais a troco de dinheiro (quantias entre 5 e 20 euros). Acabou por ser detido pela Polícia Judiciária, encontrando-se em prisão preventiva desde o início de junho de 2013.

Os atos terão sido praticados em locais como uma quinta, uma garagem, na casa de familiares de uma das meninas e junto ao campo de futebol de Castro Daire.

O arguido decidiu falar durante a sessão, contou aos jornalistas o seu advogado, escusando-se, no entanto, a prestar mais informações.

Hoje foram ouvidas sete testemunhas (três de acusação e quatro de defesa), nomeadamente a mãe, uma avó e um irmão de duas das meninas e os donos da garagem, da quinta e de dois restaurantes de Castro Daire.

Para dia 26 de fevereiro ficou marcada uma nova sessão, por faltar ainda ouvir uma testemunha de acusação (a tia e madrinha de umas das meninas) que o tribunal não conseguiu localizar e aguardarem a chegada de alguns relatórios.

A acusação refere que duas das meninas (nascidas em 1994 e 1998) são filhas de uma mulher a cujos serviços de prostituição A. Oliveira recorria, tendo, por isso, sabido das dificuldades económicas da família.

Quando a mulher deixou a sala de audiências, as dezenas de pessoas que se tinham concentrado no átrio do tribunal foram atrás dela, acusando-a de ser a culpada dos abusos de que as filhas terão sido vítimas.

"Ele não está inocente, mas a mãe também não", gritava uma mulher.

Entre as alegadas vítimas estão outras três irmãs (nascidas em 1993, 1995 e 1997), amigas e vizinhas das duas primeiras, que teriam conhecimento dos contactos de natureza sexual entre estas e o antigo PSP. Depois, também elas se terão encontrado com ele.

Em julho de 2008, por duas vezes, o arguido terá estado ao mesmo tempo com quatro dessas meninas - as nascidas em 1994, 1995, 1997 e 1998 - perto do campo de futebol.

A sexta alegada vítima (nascida em 1997) é sobrinha e afilhada de um casal que A. Oliveira ajudava monetariamente por viver com dificuldades económicas.

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