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Envolvidos em rixa em discoteca na Feira começaram a ser julgados

Um jovem acusado de ter disparado vários tiros após ser alvejado durante uma rixa, ocorrida em junho de 2019, numa discoteca de Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, negou hoje ser o autor dos disparos.

Envolvidos em rixa em discoteca na Feira começaram a ser julgados
Notícias ao Minuto

18:19 - 07/01/21 por Lusa

País Justiça

Na primeira sessão do julgamento, que decorreu no Tribunal de Espinho, Natalino Correia disse que foi atingido com um tiro quando tentava ajudar um outro indivíduo, que também foi baleado, mas negou ter tido intenção de retaliar.

"Eu não fiz mal a ninguém. Sabia que o que aconteceu não era para mim. Estava a socorrer uma pessoa e acabaram por atingir-me", disse o arguido, afirmando que não trazia nenhuma arma consigo.

Natalino Correia, que é irmão de Ilídio Correia, segurança que foi morto a tiro, em 2007, em Miragaia, no Porto, durante um período de violência na cidade que deu origem ao processo Noite Branca, disse ainda compreender as razões do arguido que o terá baleado.

"Passei pelo mesmo, porque vi o meu irmão morrer ao meu lado e fiquei transtornado. Ele também viu o irmão esfaqueado e pensava que ele estava a morrer", disse.

O arguido, que chegou a ser associado ao grupo de segurança da discoteca, o que não foi confirmado, está acusado de cinco crimes de homicídio agravados na forma tentada e um crime de detenção de arma proibida.

O suspeito que atingiu Natalino e outros dois indivíduos responde por dois crimes de homicídio agravados na forma tentada, dois crimes de detenção de arma proibida e um crime coação agravada.

Um outro arguido está acusado de um crime de homicídio qualificado na forma tentada e um quarto suspeito responde por um crime de ofensa à integridade física.

O caso ocorreu na madrugada de 08 de junho de 2019, no interior de uma discoteca, situada em Nogueira da Regedoura, Santa Maria da Feira, quando dois grupos se envolveram numa troca de agressões, o que motivou a intervenção da equipa de segurança.

Durante os desacatos, um dos arguidos esfaqueou um cliente, quando este se encontrava agarrado por vários seguranças que o tentavam colocar fora do estabelecimento.

O irmão do ferido ao aperceber-se do que tinha sucedido deslocou-se até ao seu carro e muniu-se de uma arma de fogo, tendo efetuado vários disparos na direção dos seguranças e de outras pessoas que se encontravam junto à porta de emergência atingindo três pessoas, entre as quais Natalino Correia.

Após este episódio, Natalino Correia terá pegado numa arma e efetuado vários disparos na direção de um grupo de raparigas, onde se encontrava a namorada do autor dos primeiros disparos, sem contudo atingir ninguém.

O julgamento estava previsto para o Tribunal da Feira, mas acabou por ser transferido para o Tribunal de Espinho, o que levou a um atraso significativo no início da sessão, devido à impossibilidade de acautelar a lotação permitida na sala, no âmbito da pandemia de covid-19.

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